terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dirigentes de universidades dos EUA se reúnem na SEPPIR

Universidades_negras

Representantes de 19 universidades dos Estados Unidos estiveram na sexta (30) reunidos com o secretário executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), Giovanni Harvey, além dos assessores Magali Naves e Albino Poli, da Assessoria Internacional, e Vera Galante, assessora da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A comitiva apresentou suas impressões sobre o contato que vem sendo feito com algumas universidades brasileiras em Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Brasília para intensificar o intercâmbio de estudantes dos dois países.
Depois de recebidos pelo secretário da SEPPIR, Meldon Hollis, diretor adjunto da Iniciativa da Casa Branca para as Universidades e Faculdades Historicamente Negras (HBCU), fez um resumo das observações do grupo após sua passagem por dez cidades do país, evento que acontece dentro de programas, iniciativas e parcerias institucionais com fim semelhante, como o programa Ciência Sem Fronteiras, o novo programa de intercâmbio internacional para negros e indígenas anunciado ontem pelo Ministério da Educação, e do Japer.

O Japer é o Plano de Ação Conjunto entre o Governo Brasileiro e o Governo dos Estados Unidos da América para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e a Promoção da Igualdade. Através dele, os dois países buscam a colaboração contínua pela eliminação do racismo e a promoção da igualdade racial. A cooperação é coordenada em parceria pela SEPPIR, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Hollis foi porta-voz de dois grupos que representam as 105 universidades “historicamente negras” existentes em 20 estados dos EUA, distrito de Columbia e nas Ilhas Virgens. “Essas instituições foram criadas logo após o fim da escravatura para educar os filhos dos que foram escravizados e hoje são entidades importantes para a formação da população negra. São 40 universidades estaduais, 50 particulares e 15 escolas técnicas de cursos de nível superior de duração de até dois anos. Nomes como Oprah Winfrey, Samuel L. Jackson e mesmo os primeiros presidentes de Gana e da Nigéria passaram por estas instituições”, explicou.

Fazendo um paralelo entre a população negra dos dois países, Hollis ressaltou a importância das parcerias entre os dois governos. Numa tentativa de melhorar a eficácia do intercâmbio, ele destacou que os estudantes brasileiros que procurarem as universidades historicamente negras terão a possibilidade de estudar o inglês como segunda língua, em curso de verão ou em semestre extra. “Recebemos até agora 350 estudantes brasileiros e esperamos chegar a ter mil deles em 2014. Da mesma forma, queremos que os estudantes negros norte-americanos conheçam a realidade do Brasil, da América Latina, e que isso os ajude a pensar na nossa condição na diáspora negra”, disse.

Fonte: SEPPIR

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