sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Dicas de livros infantis para celebrar a cultura afro-brasileira

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Esse é o mote dessa seleção organizada pela nossa equipe. Nela, escolhemos obras especiais: coletâneas de narrativas provenientes da tradição oral de diferentes povos africanos, biografias de importantes líderes e pequenos contos que abordam a questão da identidade da criança afro-brasileira de maneira sensível e inteligente.
Eles estão à venda em nossa livraria e, se clicar aqui, você será redirecionado para nossa loja e poderá ler as resenhas que preparamos cuidadosamente para você.
Boa leitura!
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A reforma ministerial e os negros

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O silêncio de chumbo dos diversos segmentos do Movimento Negro frente à reforma ministerial flagra um retrocesso da luta contra o racismo no Brasil.
Por Helio Santos via Guest Post para o Portal Geledés 

Tal silêncio se estende também aos estados da federação. Em 27 estados, secretários e secretárias serão mantidos ou trocados em função das eleições ocorridas neste ano.

Num passado ainda não tão distante – 10/15 anos atrás – se reivindicava a ida de negras e negros para o primeiro escalão – isso vale para o plano municipal, estadual e federal. Aos poucos esse tipo de reivindicação foi se esmaecendo em benefício de cargos ofertados para os escalões operacionais dos governos.

No plano federal, num determinado momento do governo Lula, chegou-se a ter 5 postos ministeriais – dos quais 3 eram ocupados por mulheres.

Neste momento, antes de focarmos na SEPPIR, dever-se-ia pensar em pelo menos 2 outros ministérios cruciais para a luta pela equidade racial: o do Trabalho e o da Educação. Penso ser desnecessário aqui explicar o porquê dessas duas estratégicas áreas.

Seria uma justa reivindicação. Mais: tem-se nomes mais do que credenciados para ocupá-los. No Ministério do Trabalho, por exemplo, no próprio partido da presidenta, há personalidades cuja legitimidade ninguém ousaria questionar – me refiro à lideranças sindicais conhecidas e reconhecidas.

Na Educação não é diferente: temos um grupo de educadoras – para ficar no campo feminino – apto a ocupar todos os níveis daquele ministério. Reitoras, vice-reitoras, pro-reitoras e ex-dirigentes que atuam em diferentes áreas do conhecimento.

Ao reivindicar esses estratégicos postos, mesmo não sendo atendido, o segmento negro se credenciaria para intervir na gestão. Estou aqui falando de algo comezinho no setor público: quem não se coloca se distancia das esferas de decisão com prejuízos que serão colhidos depois dramaticamente pelo nosso povo.

Quanto à SEPPIR – onde todas e todos se focam –, há no País um leque amplo de talentos (mulheres e homens) em condições políticas e intelectuais de ocupar aquela pasta.

Hoje, em minha opinião, a manutenção da ministra Luiza Bairros se coloca como a melhor possibilidade para o desenvolvimento da equidade racial no País. Esse ponto de vista se escuda no que foi feito até aqui pela presente gestão e nas possibilidades que temos no segundo mandato da Presidenta Dilma Roussef. Entendo que é um momento de ampliar e consolidar ganhos, trazendo ao mesmo tempo novas demandas até então não colocadas com a  força necessária – como, por exemplo: o financiamento de iniciativas negras para o 2o e 3o setores e na área de tecnologia da comunicação em todas as suas múltiplas vertentes. Penso ser mais fácil avançar com a experiência e dedicação apresentadas até aqui pelo reconhecido quadro do Movimento Negro, Luiza Bairros.


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Evento reúne escritores da periferia de SP

 Fotos: Leandro FonsecaFotos: Leandro Fonseca
Fotos: Leandro Fonseca
Escritoras representaram a força da mulher na literatura contemporânea

Produtores culturais, educadores, leitores e escritores das várias periferias de São Paulo se reuniram no I Congresso de Escritores da Periferia, que aconteceu no último fim de semana no Jardim São Luís, Zona Sul da cidade. Temas como o incentivo à produção literária e a literatura negra como formas de inclusão social foram abordados nas mesas de debate. O evento também contou com atrações musicais, exposições de artes plásticas e uma feira de livros.
O congresso foi organizado pelo blog Desenrola e Não me Enrola, que divulga as manifestações culturais das periferias paulistas e é mantido por jovens moradores do Jardim Ângela, também na Zona Sul.
Um dos mentores do evento, Raphael Poesia, 20 anos, conta que a ideia foi levantar a discussão sobre temas que estão em evidência e dar visibilidade à produção literária periférica: “Tem diversos movimentos acontecendo e pessoas lançando seus livros, mas, muitas vezes, elas não têm a oportunidade de se reunir”.
 
O escritor Marcio Ricardo participou como debatedor

O congresso teve início com a apresentação do Poetas Ambulantes, coletivo que realiza intervenções poéticas com saraus e distribuição de poemas em transportes públicos da cidade.
A primeira mesa de debate teve como tema “Incentivos à Produção Literária”. Estiveram presentes os escritores Michel Yakini, Fuzzil, Serginho Poeta e Márcio Ricardo.
O encontro foi mediado pelo rapper Robsoul. Para ele, a resistência da arte e da cultura das periferias são vitórias que devem ser festejadas: “Isso tem que ser celebrado principalmente neste espaço, que é o espaço da periferia”.
 
A educadora Maria Vilani discutiu literatura contemporânea

A crescente participação da mulher na produção cultural da periferia e da literatura contemporâneas foi tema da segunda mesa de debate, composta pela produtora cultural Rose Dórea, pela poeta e educadora Maria Vilani e pela escritora Luciene Santos.
A feminista Alessandra Tavares mediou o debate. Segundo ela, a vida pública, assim como a literatura, é um espaço ainda dos homens e que deve ser adentrado pelas mulheres: “O que faz com que existam menos mulheres na literatura? É o que faz com que existam menos mulheres em espaços públicos. Não é na literatura em si”.
Luciene Santos, 53, expôs na feira de livros seu primeiro trabalho Marcela – Pela Outra Metade da Árvore, que aborda a questão da ausência paternal. Ela afirmou que é “fundamental” haver espaço para divulgar esse tipo de trabalho.
 
A escritora Luciene Santos exibe seu primeiro trabalho

“Sou da periferia de São Mateus, sou mulher, sou negra, e, no entanto, nunca tinha ouvido falar em literatura marginal. Eu estava dentro dela e não sabia. Produzi meu livro e procurei a editora sozinha, e esse evento aqui é um marco para que se divulgue mais este movimento, que ainda está em um cantinho, em um grupo, e que tem que se espalhar. Depois que eu escrevi, passei a acreditar que todo mundo pode escrever”, conta.
A terceira mesa de debate foi mediada por Vanessa Delfino e teve a presença das escritoras Débora Garcia e Jenyffer Nascimento, do poeta e cineasta Akins Kintê e da atriz e educadora Priscila Preta, que discutiram a literatura negra como forma de inclusão social.
 
A literatura negra vai além da luta contra o racismo

“A literatura negra que se produz vai além da briga contra o racismo”, diz Akins. “Também tem uma preocupação com o amor negro, com a relação de ser humano, com o sorriso das crianças”, explica.
O Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca de São Paulo (PMLLLB) foi discutido na quarta mesa de debate. Entre os objetivos do plano, destacam-se: “realizar o diagnóstico das ações de leitura, em equipamentos de acesso público e privado, para o Município” e “elaborar eixos temáticos de atuação, com inspiração no Plano Nacional do Livro e da Leitura  (PNLL)”. Já a quinta e última mesa abordou questões sobre o mercado editorial.
Raphael Poesia admite que alguns alunos não se interessam pela escola e acabam abandonando os estudos e o gosto pela leitura, mas que a literatura produzida por moradores de periferia pode mudar essa realidade: “Os próprios moradores da periferia estão fazendo literatura e indo às escolas conversar com os estudantes. Assim, os jovens acabam querendo ler estes autores que estão perto deles e vivem na mesma realidade”, conclui.

Fonte: http://vivafavela.com.br/

Jornalista lança livro sobre Comunidade Quilombola de Mato Grosso do Sul

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Após um ano e meio de trabalho a jornalista Priscila Ribeiro lança o livro Retratos da Comunidade Tia Eva. Um produto jornalístico e documental que narra, em fotos e texto, a história da Comunidade Remanescente de Quilombo Eva Maria de Jesus, ou Tia Eva, como é tradicionalmente conhecida. Além disso, a obra registra um pouco da vida, dos costumes, das heranças culturais e das perspectivas de futuro dos moradores desta centenária comunidade.

Enviado por Ana Carla Pimenta 

A publicação foi construída por meio de fotografias, entrevistas, observação direta e pesquisa bibliográfica. Seu diferencial é justamente a abordagem fotográfica e contemporânea. Segundo a autora, Retratos da Comunidade Tia Eva busca fazer uma homenagem a ex-escrava Tia Eva e a comunidade que leva seu nome. “O livro apresenta um novo olhar, mostra como a trajetória da comunidade se confunde com a de Campo Grande. Também relata o esforço dos descendentes para manter viva sua história ao longo dos anos”.

O projeto

Inicialmente produzido como Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em 2013, o livro chamou atenção da banca, que sugeriu a publicação. Já jornalista formada, Priscila voltou a campo em 2014 para captar mais fotografias, buscar informações adicionais e resolver cada detalhe que ainda não estivesse de acordo com o desejado. Concebeu, pesquisou, entrevistou, fotografou, editou, escreveu e (re)escreveu seus textos, buscando ser justa com a história da Comunidade. O esforço deu certo.

A publicação foi viabilizada com recursos do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC/2014), do Governo do Estado de Mato Grosso de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura.

Os Lançamentos

O Livro Retratos da Comunidade Tia Eva será lançado em dois eventos. O primeiro deles acontecerá no dia 28 de novembro, a partir das 19 horas, no Memorial da Cultura da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

A outra cerimônia será realizada no dia 5 de dezembro, a partir das 19 horas, no Salão da Associação Beneficente dos Descendentes de Tia Eva.

A Comunidade Tia Eva

Localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a Comunidade Tia Eva foi reconhecida como Remanescente de Quilombo pela Fundação Cultural Palmares. O título é concedido a grupos étnico-raciais com ancestralidade negra e história própria.

Fundado em 1905 pela ex-escrava Eva Maria de Jesus, mais conhecida como Tia Eva, o núcleo quilombola participou da formação da cidade. Em reconhecimento aos serviços prestados, a matriarca, que nasceu no interior de Goiás, recebeu em 1996 o título de cidadã campo-grandense.

Devota de São Benedito, Tia Eva construiu na comunidade uma igreja em homenagem ao santo, que foi a primeira edificação religiosa tombada como patrimônio histórico e cultural do Estado. No local, todos os anos é realizada a tradicional Festa de São Benedito, que faz parte do calendário municipal.
27/11/2014Geledés Instituto da Mulher Negra


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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

África do Sul reconta trajetória de Nelson Mandela, morto há um ano

Muitos lugares são bonitos, outros, espetaculares, exóticos.
Uns poucos são necessários. Em geral, lugares que contam a história,
talvez até de maneira muito crua, explícita, mas que existem para isso,
 para que algo importante não seja esquecido. Nem sempre são destinos óbvios.
 Se é fácil ir a Berlim e topar com o que restou do muro, não é fácil estar
 no Japão e tomar a decisão de ir a Hiroshima.
É evidente que a África do Sul entra nessa lista de lugares necessários.
O país convulsionava há coisa de três décadas. Seu líder mais conhecido,
 Nelson Rolihlahla Mandela (1918-2013), preso desde 1964 em
 Robben Island, a 40 minutos de barco da Cidade do Cabo,
tinha o nome gritado nas ruas de Soweto e em passeatas e
shows de rock pelo mundo.

"Free Mandela", pedido simples e direto, colocava em xeque
 toda a ordem política e social em curso no país, baseada na
 segregação racial.

Institucionalizado em 1948, o apartheid só acabaria em 1994,
quando Mandela, aos 75 anos, votou pela primeira vez,
 assim como a maioria absoluta dos sul-africanos, e se elegeu presidente.

Um ano após a morte do maior ídolo, a ser lembrada no próximo
dia 5 de dezembro, a África do Sul se esforça para recontar a
 trajetória de Madiba, o nome de sua tribo que virou apelido.
Expediente legítimo para aumentar as receitas com turismo,
claro, mas também uma forma de não permitir que o país e
os visitantes esqueçam da brutalidade e do absurdo do regime racista.

Esforço que, em um primeiro momento, soa redundante.
Estátuas de tamanhos variados, painéis, fotos, grafites e
até propaganda política tornam impossível esquecer Mandela
 nas ruas sul-africanas. Fenômeno que o próprio, avesso
ao culto da personalidade, segundo biógrafos, certamente condenaria.

Logo, porém, seguir os passos de Mandela e da própria história da
 África do Sul se tornam um exercício. Entender a razão de
Johannesburgo ser dividida em subúrbios, e os subúrbios em
condomínios, é um dos primeiros.

Explica a maluquice que foi o apartheid, explica por que o
primeiro ato de desobediência civil capitaneado por Mandela
 foi fazer as pessoas não entrarem nos ônibus que levavam ao trabalho.

Antes que alguém grite, a África do Sul também é bonita,
espetacular, exótica...

Fonte: Folhauol

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Roda de capoeira recebe título de patrimônio imaterial da humanidade

A roda de capoeira é considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade a partir desta quarta (26).
A decisão foi tomada na 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, da Unesco, que acontece em Paris, e junta a capoeira a outras manifestações culturais já consideradas patrimônio, como o samba de roda do recôncavo baiano e ao frevo pernambucano. 

Representantes do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão responsável pela apresentação do dossiê que possibilita a obtenção do status, acompanharam a votação na França. 

O título não confere prêmio financeiro, mas, segundo Jurema Machado, presidenta do Iphan, "amplia as condições de salvaguarda desse bem". 

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Cultura, os efeitos do reconhecimento não são diretos nem imediatos, mas este ajudaria a dar visibilidade à manifestação cultural. 

A capoeira surgiu no Brasil do século 17, durante o regime escravocrata, e é atualmente praticada em mais de 160 países. 

Uma roda de capoeira será realizada nesta quarta (26), às 12h, no Masp, para comemorar a obtenção do título de patrimônio imaterial. 
Fonte: Folhauol

sábado, 22 de novembro de 2014

Marca de uísque é acusada de culpar negros por racismo em rede social

Uma propaganda da marca de uísque Johnnie Walker sobre o Dia da Consciência Negra provocou mensagens de protesto na página da empresa no Facebook.


Agora, seguidores da marca na rede social acusam a empresa de promover o que supostamente tentava combater com a mensagem publicitária: o racismo.

Na quarta (19), véspera do feriado em São Paulo, o perfil de Johnnie Walker publicou uma fotografia de um homem negro. Sobre a imagem, foi escrita a palavra "branco", além famoso slogan da bebida: "Keeping walking."

Na parte de baixo, a seguinte frase: "E você, ainda deixa usarem sua origem como obstáculo para o seu progresso? Racismo. Até quando? #vocefazofuturo."

A publicação, curtida por 27 mil pessoas e compartilhada mais de 2.000 vezes até a tarde desta sexta (21), gerou um longo debate entre seguidores da marca na seção de comentários da página.

Grande parte das mensagens reclama que, com a frase, Johnnie Walker culpa os negros pelo racismo que sofrem.

Reprodução/Facebook/JohnnieWalkerBrasil
Post na página do Facebook da Johnnie Walker Brasil causou polêmica na rede social
Post na página do Facebook da Johnnie Walker Brasil causou polêmica na rede social

"Quer dizer que agora a culpa da opressão é do oprimido?", questionou uma leitora. "Vocês ainda deixam? Não, não deixamos, nossa luta para que nossa origem seja respeitada é diária", escreveu outra seguidora.

"As publicidades da marca só com pessoas brancas, nórdicas, padrãozinho, vem me falar que são os negros que colocam obstáculos em sua própria existência?", diz outra.

Outros fãs da marca retrucaram, alegando que os críticos não entenderam a mensagem. "Interpretação de texto manda abraços", ironiza um leitor.

"Não estão dizendo que os negros colocam obstáculos em sua própria existência, e sim que os negros não podem deixar que os outros coloquem obstáculos, entende?", pergunta um defensor.

Folha tentou, desde a manhã de ontem, falar com a Johnnie Walker por telefone, e-mail e mensagem pelo Facebook. Não houve resposta até o fechamento desta edição. Na própria página, a marca respondeu leitores que criticaram a publicação:

"Johnnie Walker sente que o post acima tenha sido interpretado de maneira ofensiva e reforça sua posição de respeito a todas as raças. Isso prova que o racismo é um tema que merece ser debatido de formaséria e respeitosa por todos até que seja uma coisa do passado."
Fonte: Folhauol

Ministra propõe criação de fórum para discutir igualdade racial no Mercosul

AgênciaBrasil/DA

A ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, propôs nesta 
sexta-feira (21) a criação de um fórum de alto nível para 
discutir o tema da igualdade racial no Mercosul – o Mercado 
Comum do Sul integrado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai, 
Paraguai e a Venezuela.

"Somos o continente com o segundo maior número de

 afrodescendentes em todo o mundo", disse a ministra, 
durante a 25ª Reunião de Altas Autoridades em 
Direitos Humanos do Mercosul, ocorrida em Buenos Aires.

Ela lembrou que a Organização das Nações Unidas (ONU) 

também vai tomar uma iniciativa para promover o combate 
ao preconceito, a intolerância e ao racismo ao anunciar, 
no próximo dia 10 de dezembro, a Década Internacional dos Afrodescendentes.
Fonte: midiamax

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Aprovada lei que isenta comunidades quilombolas de pagamento do ITR

Com a aprovação, a lei  também perdoa as dívidas acumuladascom a cobrança do imposto
Foi sancionada na última quinta-feira (13/11) a Lei 13.043/13, que define como obrigatória a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) cobrado às comunidades quilombolas.  A norma indica que ‘os imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual ou coletivamente, pelos membros destas comunidades são isentos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural’.
A lei também estabelece que as dívidas acumuladas no decorrer das cobranças do ITR registradas como dívidas ativas serão perdoadas e não mais cobradas aos quilombolas ocupantes das terras reconhecidas, certificadas pela Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC).
A sanção da lei veio com a aprovação da Medida Provisória (MP) 651/14 que, além de tratar da causa quilombola, destaca políticas tributárias e de incentivo ao setor produtivo. Estabelece, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos de contratação de pessoal e de temas como a ampliação do prazo para o fim dos lixões e a instalação de aterros sanitários.
Articulação – A inclusão das mudanças na MP resultou da mobilização de quilombolas e de entidades como o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), a Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP), a Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Entre as comunidades que se destacaram por sua dívida ativa referente ao ITR, estão as constituídas pelas famílias das Ilhas de Abaetetuba, no Pará. O débito em nome de sua associação já ultrapassava os R$ 18 milhões e, por esse motivo, os remanescentes quilombolas ficaram impedidos de participar de programas do governo.
Fonte: FCP

Conheça Zumbi dos Palmares e entenda a Consciência Negra

O dia da Consciência Negra, celebrado no Brasil em 20 de novembro, já virou feriado no País, embora não seja adotado em todos os locais - é feriado em apenas 1.047 municípios brasileiros.

A data ganhou destaque neste ano, com milhares de pessoas fazendo a emenda de feriado (ou ponte) entre quinta e sexta-feira, tendo, assim, o último fim de semana prolongado de 2014.

No entanto, nem todos sabem que a data, na verdade, não celebra simplesmente a consciência afro-brasileira, que comemora 44 anos neste ano, mas relembra o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, líder da República dos Palmares - também conhecida como Quilombo dos Palmares - no dia 20 de novembro de 1695.

A data da morte foi descoberta apenas em 1971 e tornou-se feriado nacional 30 anos depois, em 2011, com algumas cidades adotando a pausa em seu calendário. Antes disso, em 2003 a data foi inserida no calendário escolar brasileiro.

Vida de Zumbi

A cronologia da morte de Zumbi dos Palmares começa mesmo antes de seu nascimento. Em 1600, escravos negros foragidos dos engenhos de açúcar de Pernambuco fundam, na Serra da Barriga (CE), o Quilombo dos Palmares – 30 mil passam a morar na região.

Em 1644, após 14 anos de presença no nordeste brasileiro, os holandeses falham na invasão ao Quilombo. Em 1654, eles são expulsos pelos portugueses do nordeste.

Zumbi nasceu em 1655, em um dos acampamentos no Quilombo. Ainda jovem, ele foi aprisionado em 1662 e dado ao padre Antonio Melo que o batizou como Francisco. Ele ensinou ao jovem latim e português e, por sua vez, passou a ajudar o sacerdote em suas missas. Em 1670, o escravo, agora catequisado, foge e regressa à Palmares.

Zumbi, o líder e estrategista militar

Durante uma batalha entre tropas portuguesas e os escravos no local, em 1675, Zumbi surge como liderança militar durante os combates.

Três anos depois, após 78 anos de resistência, Pedro Almeida, o governador da capitania de Pernambuco tenta um acordo com outro líder do Quilombo, Ganga Zumba.

Em troca da paz entre escravos e tropas, Almeida propõe que o Quilombo seja destruído. Zumbi rechaça a proposta; ele acreditava que todos os negros deveriam ser livres, e não deveriam voltar à escravidão.

Capítulo Final

Durante 14 anos, entre 1680 e 1694, Zumbi liderou a República dos Palmares retaliando e afastando os ataques das tropas portuguesas. Porém, em 1694, com apoio da artilharia, os portugueses derrotaram Zumbi e destruíram a República dos Palmares.

Ferido e derrotado na Cerca do Macaco - principal mulambo dos Palmares - Zumbi ainda consegue fugir dos militares portugueses comandados por Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello.

O líder negro ainda conseguiu viver durante um ano, até ser denunciado por um antigo companheiro. Zumbi foi localizado pelos portugueses, preso e degolado em 20 de novembro de 1965.

Divulgação
Fonte: Midiamax

Autora Carolina Maria de Jesus é celebrada em feiras e relançamentos

Aos 60 anos, a professora Vera Eunice de Jesus Lima está descobrindo, "estupefata", como ela gosta de dizer, a "força e a poesia" de sua mãe, Carolina Maria de Jesus (1914-1977).

Até então, Vera se via apenas como personagem de uma fábula de miséria e glória, que começa em 1958, na favela do Canindé, nos arredores do estádio da Portuguesa, em São Paulo, e termina silenciosa em um sítio em Parelheiros, zona sul da cidade.

"Não tinha dimensão da importância dela. Só agora, com este rebuliço, é que fui reler tudo o que ela escreveu. É como se eu estivesse conhecendo a minha mãe agora", diz, sentada na sala do apartamento de dois quartos, em condomínio de Interlagos.

Divulgação/Audalio Dantas
Carolina Maria de Jesus em 1958 na favela do Canindé, às margens do rio Tietê, onde viveu até lançar 'Quarto de Despejo
Carolina Maria de Jesus em 1958 na favela do Canindé, às margens do rio Tietê, onde viveu até lançar 'Quarto de Despejo'
O "rebuliço" tem razão de ser: uma série de eventos marcam o centenário da escritora negra, favelada, semianalfabeta, nome acidental e revolucionário da literatura brasileira, que desapareceu das estantes das livrarias.

Carolina Maria de Jesus será a homenageada da edição deste ano da Flink Sampa, festival de literatura negra que acontece neste sábado (22) e domingo (23), no Memorial da América Latina. Haverá o relançamento de dois de seus livros: "Quarto de Despejo" (Ática, 200 págs., R$ 34,90) e "Diário de Bitita" (Sesi-SP, 216 págs., preço a definir).

Ela é também a homenageada da Balada Literária, com eventos que vão até domingo em SP. E no Rio, foi a estrela da Flupp (Festa Literária Internacional das Periferias), na semana passada.

Na segunda (17), foi lançado, na Câmara Municipal de SP, o livro "Onde Estaes Felicidade?", com dois contos inéditos e apoio do MinC.

"Para o grande público, é um resgate de Carolina", diz Uelinton Farias Alves, professor de literatura brasileira da Universidade Zumbi dos Palmares e curador da Flink.

"Hoje há muitos autores de periferia, como o Paulo Lins. Ela é a precursora. Abriu um precedente na literatura".

CONFIRA DESTAQUES DA FLINK SAMPA
Sábado (22)
14h - Mesa Carolina Maria de Jesus, com Audálio Dantas, Vera Eunice e Elzira Perpétua
16h - Conversa com as misses negras Deise Nunes, Yitayish Ayenew (Israel) e Leila Lopes (Angola) e Paulo Borges
Domingo (23)
14h - Lançamento do livro "O Leito do Silêncio", da escritora angolana Isabel Ferreira
16h - Palestra com a ativista Graça Machel, viúva de Nelson Mandela, em defesa das mulheres e crianças
FLINKSAMPA
QUANDO sab. (22) e dom. (23), das 9h às 19h
ONDE Memorial da América Latina, av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, tel. (11) 3823-4600
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO livre
Fonte: Folhauol

Antigo cemitério de escravos no Rio recebe visita de rei da Nigéria

Nesta quinta-feira (20), dia da Consciência Negra, o rei da Nigéria, Oba Al-Maroof Adekunle Magbagbeola, fará uma visita ao Memorial dos Pretos Novos, no bairro da Gamboa, na zona portuária do Rio.

Em 1996, antes de o local se tornar um centro cultural, uma reforma na casa onde hoje funciona o memorial revelou um cemitério de escravos, o Cemitério dos Pretos Novos, ativo de 1772 a 1830.

A diretora do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos e dona da casa, Merced Guimarães, 58, conta como foi a descoberta.

"Eu estava almoçando quando o pedreiro entrou na casa e disse: 'As pessoas que moravam aqui devem ter enterrado vários cachorros no quintal'. Fui mexer no entulho e achei uma arcada dentária inferior humana."

Sob a casa de Merced foram descobertos mais de 5.000 fragmentos que permitiram identificar 28 corpos, a maioria de homens com idades entre 18 e 25 anos.

Ricardo Borges/Folhapress
Merced Guimarães, 58, em frente a grafite do institutode Pesquisa e Memória Pretos Novos, no rio
Merced Guimarães, 58, em frente a grafite do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, no Rio
Eram escravos que não resistiam à viagem de navio e morriam pouco depois de desembarcar no Brasil, antes de serem vendidos.

Autor de um livro sobre o tema e também diretor do instituto, Julio César Medeiros estima que escravos nessa situação representassem 5% dos que aportavam no Rio.

O viajante alemão G. W. Freireyss descreveu o local: "No meio deste espaço [de 50 braças] havia um monte de terra da qual, aqui e acolá, saíam restos de cadáveres descobertos pela chuva".

Medeiros explica: "Não havia nenhum tipo de organização espacial a não ser o arranjo que possibilitasse o empilhamento do maior número possível de corpos, que eram jogados em cova rasa".

Segundo o historiador, os corpos eram queimados, e as ossadas que sobravam eram quebradas para dar espaço a mais cadáveres. No espaço, com 100 m², foram sepultados cerca de 6.000 corpos, segundo registros oficiais.

"Talvez o fato mais estarrecedor seja que o cemitério fosse usado para descarte de lixo urbano na mesma época em que funcionava como cemitério. Aquelas pessoas tinham o mesmo destino que os utensílios que não serviam mais", comenta Medeiros.

"No início, achei que [a arcada dentária] poderia ter sido de um ente querido do morador. Talvez a família não tivesse dinheiro para pagar um enterro", conta Merced.

"Depois, quando foram aparecendo mais ossos, pensei que fosse cenário de chacina. Tive medo que as pessoas achassem que eu matei gente em casa! Recolhi quatro ou cinco caixas [de ossos]."

Merced conta que foi hostilizada pelos vizinhos quando decidiu chamar a prefeitura para averiguar os ossos. Eles acreditavam que a descoberta desvalorizaria os imóveis da região.
"Você acha que vai conseguir vender com facilidade uma casa que fica em cima de um cemitério?", diziam os moradores, segundo ela.

Hoje, a casa abriga o museu onde são exibidos fragmentos dos ossos encontrados, além de objetos dos mortos e das classes dominantes, como pedaços de louça portuguesa.

No Cais do Valongo, a cerca de 700 metros do memorial, desembarcavam centenas de milhares de africanos. Eles eram vendidos na região e trabalhavam na Pedra do Sal, hoje reduto do samba no centro histórico do Rio, onde o produto era descarregado.

A arqueóloga responsável pela descoberta do Cais do Valongo, Tania Andrade Lima, afirma que a arqueologia é importante para relembrar o que as pessoas quiseram esquecer. "Não adianta cobrir, tampar, pois as coisas mais cedo ou mais tarde aparecem", afirma.
Fonte: Folhauol

Família humana ainda tem profundos preconceitos, diz Graça Machel



Quando se mudou do interior de Moçambique para a capital, Maputo, para ingressar no ensino médio, Graça Simbine estranhou o fato de ser a única negra em uma classe de 40 alunos.

Começava ali a trajetória de ativista da jovem que se formou em filosofia alemã pela Universidade de Lisboa e, de volta à terra natal, entrou para a história contemporânea da África como guerrilheira da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), ministra da Educação daquele país e viúva de dois presidentes do continente.

Ela foi casada com Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique independente, e Nelson Mandela, ícone da luta contra o apartheid na África do Sul. "Tive o privilégio de dividir a minha vida com dois homens excepcionais", declarou certa vez.

Após a morte de seu primeiro marido num acidente de avião, em 1986, Machel manteve luto por cinco anos. Após a morte de Mandela, em dezembro do ano passado, a ativista decidiu romper o luto em poucos meses para se dedicar à luta contra o racismo, o analfabetismo e a pobreza, e pelos direitos das mulheres e das crianças.

Neste final de semana, Machel, 69, vem ao Brasil para ser homenageada na Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo.

O evento sucede o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta (20). Apesar de reconhecer a importância simbólica da data, ela avalia que há pouco o que comemorar: "A família humana, ainda em 2014, tem preconceitos profundos com relação à pessoa de raça negra."

Leia a entrevista concedida à Folha por telefone.
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Folha - Há diferença entre consciência negra no Brasil e na África?
Graça Machel - Sim e não. Sim porque a maior parte dos brasileiros veio da África. Mas os negros no Brasil misturaram-se com uma enorme diversidade de grupos, criando uma identidade diferente daquela dos africanos. Aqui na África, falamos em diáspora negra [imigração forçada pelos séculos de escravidão] e avaliamos que os negros no Brasil são diferentes dos negros da Colômbia, que são diferentes dos negros dos EUA, apesar de todos terem a mesma origem. Nós evoluímos e nos diferenciamos de acordo com os contextos.
Os negros, em geral, seguem em situação socioeconômica desprivilegiada em relação aos brancos. É esta a face atual do racismo?
Os negros no Brasil, nos EUA, na Colômbia e em toda a África ainda sofrem dos mesmos efeitos de serem desfavorecidos e discriminados com base na raça. A família humana, ainda em 2014, precisa reconhecer que tem preconceitos profundos com relação à pessoa de raça negra. Há razões históricas para isso, mas a história evolui e se transforma. E a pessoa de raça negra é que tem de se organizar para reclamar sua identidade e dignidade. Não há ninguém que te vai reconhecer se não valorizares a ti próprio. Cabe a nós reclamarmos o espaço e os direitos que nos são inalienáveis.
A África nunca teve tantos governos democráticos e vê hoje surgir uma pequena pequena classe média. Quais são os principais desafios do continente hoje?
Se fôssemos falar de todos os desafios, conversaríamos por uma semana inteira (risos). O principal deles é a aceitação da diferença como fator de reforço das sociedades e não de seu enfraquecimento: diferença étnica, racial, de gênero e religiosa. No nível político, precisa haver tolerância entre partidos políticos que processam de formas diferentes a construção de uma nação, cuja robustez vai se basear na busca de elementos positivos que conduzam a uma coesão social.
Um segundo desafio é a aceitação da alternância política. Em muitos casos, nós passamos de partidos únicos a democracias multipartidárias. Mas, mesmo nesse modelo, há certa resistência por parte daqueles que detêm o poder e, por isso, vemos países com os mesmos chefes de Estado há 20 ou 30 anos.
O terceiro desafio é o do crescimento econômico, que ocorre sem equidade, o que nos caracteriza como um continente com desigualdade e estratificação social gritantes.
No final de outubro, Burkina Fasso depôs seu presidente, o ditador Blaise Compaoré, que estava há 27 anos no cargo. Fala-se no surgimento de uma "primavera africana", em referência à derrubada de regimes ditatoriais ocorrida em países árabes durante 2011. Podemos assistir à queda de ditadores como Robert Mugabe (Zimbábue) em breve?
Não estou certa de que estamos diante de uma primavera africana. A derrubada do ditador de Burkina Faso é um aviso àqueles que dirigem países há décadas: o que ocorreu ali pode acontecer em outros sítios. Mas as condições são bem diversas entre países e é preciso ter cautela.
A sra. tem militado contra os chamados casamentos prematuros: arranjos em que meninas, às vezes ainda durante a infância, são submetidas a matrimônios forçados.
A questão dos casamentos prematuros forçados é um fenômeno global. Acontece na África, mas também na Ásia e na América Latina.
Quando a família está sob pressão para resolver problemas econômicos, facilmente acredita que pode entregar uma filha a um casamento para aliviar os problemas de pobreza. Mas não é a pobreza que é o problema. O problema é a crença de que há um valor diferente que se atribui a uma mulher e a um homem.
Outro exemplo: não há um único país do mundo que tenha eliminado diferenças salariais entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos. Para igual trabalho, pensa-se que a mulher pode ganhar menos do que o homem. É a mesma raiz do problema. Assim como no fato de muitos homens se acharem no direito não apenas de bater como de até mesmo matar suas companheiras por causa de um conflito.
Devemos olhar para casamentos prematuros, desigualdade salarial, dificuldade de ascensão e violência contra a mulher pela mesma raiz: não se valoriza a mulher como se valoriza o homem. A questão de gênero é dos maiores problemas que a família humana enfrenta, ao lado da questão da raça. Ambos têm as mesmas características e afetam toda a sociedade.
Lucas Jackson - 23.set.2014/Reuters
Graça Machel em encontro sobre o clima na ONU, em Nova York
Graça Machel em encontro sobre o clima na ONU, em Nova York
Fonte: Folhauol

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A Palavra negro - Cuti

A PALAVRA NEGRO
Cuti
A palavra negro
tem sua história e segredo
veias do São Francisco
prantos do Amazonas
e um mistério Atlântico
A palavra negro
tem grito de estrelas ao longe
sons sob as retinas
de tambores que embalam as meninas
dos olhos
A palavra negro
tem chaga tem chega!
tem ondas fortesuaves nas praias do apego
nas praias do aconchego
A palavra negro
que muitos não gostam
tem gosto de sol que nasce
A palavra negro
tem sua história e segredo
sagrado desejo dos doces vôos da vida
o trágico entrelaçado
e a mágica d’alegria
A palavra negro
tem sua história e segredo
e a cura do medo
do nosso país
A palavra negro
tem o sumo
tem o solo
a raiz.

Libéria estabelece meta para evitar novos casos de Ebola

G1/CN
A Libéria estabeleceu uma meta para não ter novos casos
 de Ebola até 25 de dezembro, disse a presidente
Ellen Johnson Sirleaf, em um programa de rádio
neste domingo (16), em mais um sinal de que
as autoridades acreditam que estão vencendo o vírus.

A Libéria é o país mais atingido pela epidemia.
Pelo menos 2.812 pessoas morreram no país africano,
 de um total de 5.165 vítimas na Libéria,
Serra Leoa e Guiné, de acordo dados
de sexta-feira da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Nós continuamos a combater o vírus Ebola
 e nos esforçamos para alcançar o nosso objetivo
 nacional de zero casos novos até o Natal",
Sirleaf disse em um discurso que também
anunciou uma remodelação do gabinete.

Sirleaf nomeou George Werner como ministro
da Saúde, uma posição-chave dada a epidemia, 
para substituir Walter Gwenigale.

A OMS disse na semana passada haver sinais de que
 a incidência de novos casos estaria em declínio
na Guiné e na Libéria, embora relatou aumentos
 acentuados em Serra Leoa.

A missão da ONU para combater o Ebola estabelece
u uma meta de ter 70% dos pacientes em tratamento
 até 1º de dezembro e 70% dos corpos enterrados
 em segurança até a mesma data.
Divulgação
Fonte: Midiamax

Mulheres Pretas

    Conversar com a atriz Ruth de Souza era como viver a ancestralidade. Sinto o mesmo com Zezé Motta. Sua fala, imortalizada no filme “Xica...