quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lançamento do livro Benjamin de Biagio D'Angelo


Este sábado haverá o lançamento do livro Benjamin de Biagio D’Angelo, ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Literatura. O escritor Tino Freitas irá mediar o encontro, que contará com bate papo e sessão para autógrafo. O evento acontecerá no dia 08 de dezembro às 16h.
Sobre o autor
Biagio D’Angelo Nasci na Sicília, uma linda e mitológica ilha da península italiana, num vilarejo em frente ao mar, de onde saí para estudar na Universidade de Veneza, outra cidade mitológica belíssima. Viajei muito a trabalho: Moscou, Bruxelas, Lima, São Paulo, sempre dando aulas de Literatura Comparada e Teoria Literária, apreendendo línguas e costumes, escrevendo artigos, lendo muitos livros e conhecendo pessoas e paisagens. Agora vivo e trabalho em Budapeste, uma cidade imperial, onde se fala o húngaro, que é muito difícil, mas muito bonito.Benjamin foi pensado por muito tempo e foi escrito em português. O português do Brasil é a minha língua da memória, do ritmo, do sol que deixei na minha terra natal.Benjamin foi escrito com a companhia de Manoel de Barros, Guimarães Rosa, Ana Maria Machado e Angela Lago.

Sobre o mediador
Tino Freitas é jornalista, músico e mediador de leitura. Também escreve livros que exaltam a infância.  Lançou, pela Callis Editora, a coleção “Na Ponta do Dedo”, com três volumes: Bichano, Numa Tarde Quente de Verão e Bolhas de Sabão. Com esses livros, o autor convida as crianças a interagir com as histórias, propondo uma leitura não só com a visão, mas com todos os sentidos. Para conhecer mais sobre o autor, visite seu blog:  literatino.blogspot.com.

Sobre a ilustradora
Thais Beltrame Quando eu era pequena, achava que escondia um segredo dos meus pais. Eu entrava em um armário cheio de livros, escolhia alguns dos meus preferidos e desenhava nas páginas em branco, para que meus desenhos se tornassem parte da história. Não sei bem por que fazia isso, mas cresci cultivando um amor por ambas as coisas: o desenho e a literatura. Nunca deixei de amar o papel e todas as coisas referentes a ele: as cartas, o nanquim, a pena, os cartões escritos à mão. Acho que foi por isso que gostei tanto do Benjamin; assim como eu, ele ama as sutilezas do mundo. Estudei Artes Plásticas em São Francisco e Chicago, nos Estados Unidos, e já expus meus desenhos em várias cidades do Brasil, dos Estados Unidos e na Inglaterra também. Hoje transito entre as galerias e os livros e me sinto à vontade assim, sem precisar dar nome às coisas.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O Grande Poema - Alda Lara



Este é o poema que eu escrevi
para as crianças da minha terra!...
Para as crianças negras,
e brancas,
e mestiças,
sem distinção de cor...
comungando o Amor
que as unirá...
Este é o poema que eu escrevi a sonhar,...
de olhos perdidos no mar,
que me separa delas...
poema que escrevi a sorrir
gritar confianças desmedidas
nas ânsias partidas,...
quebradas,...
como velas de naufrágio!...
poema que eu escrevi a soluçar,
sobre os livros
onde não encontrei
para os sonhos resposta um dia!...

   Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque nasceu em Benguela, Angola, a 9 de Junho de 1930, e faleceu em Cambambe, Angola, a 30 de Janeiro de 1962.  Muito nova foi para Lisboa onde concluiu o 7º ano dos liceus. Frequentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra, formando-se por esta última com a apresentação da tese de licenciatura sobre psiquiatria infantilEm Lisboa esteve ligada a algumas das atividades da Casa dos Estudantes do Império. Declamadora, chamou a atenção para os poetas africanosque então quase ninguém conhecia. Depois da sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira instituiu o Prémio Alda Lara para poesia. Colaborou em alguns jornais ou revistas, incluindo a Mensagem (CEI).Figura emAntologia de poesias angolanasNova Lisboa, 1958; amostra de poesia in Estudos Ultramarinos, nº 3, Lisboa1959; Antologia da terra portuguesa -Angola, Lisboa, s/d (1961?); Poetas angolanos, Lisboa, 1962; Poetas e contistas africanos, S.Paulo, 1963; Mákua 2 - antologia poética, Sá da Bandeira, 1963;Mákua 3idemAntologia poética angolana, Sá da Bandeira, 1963; Contos portugueses do ultramar - Angola, 2º vol, Porto, 1969. Livros póstumosPoemas, Sá da Bandeira, 1966; Tempo de chuva, 1973.      

Fonte: http://lusofonia.com.sapo.pt/alda_lara.htm                              

terça-feira, 5 de junho de 2012

A Educação Ambiental e a Literatura Infanto Juvenil

           Partindo do atual conceito de Literatura, como palavra nomeadora do real e como expressão essencial do ser humano em suas relações com o outro e com o mundo ( ou com a natureza em geral), conclui-se que a Literatura destinada às crianças e aos jovens é um dos instrumentos de maior alcance para a urgente conscientização ecológica desse grupo básico nas sociedades. Ou melhor, a Literatura Infanto-Juvenil é um dos caminhos mais fáceis para a conscientização dos imaturos acerca dos problemas que a Educação Ambiental vem colocando para a sociedade e que estão longe de poderem ser resolvidos.
         Como sabemos, a Literatura é, hoje, entendida como uma experiência humana fundamental, uma vez que atua nas mentes, nas emoções, nos sentimentos, ou melhor, no espaço interior do indivíduo e, evidentemente, atua na formação de sua consciência de mundo (a que é visada pela Educação Ambiental). Daí o crescente interesse da educação contemporânea pela inclusão dos livros literários, paradidáticos e didáticos nos currículos escolares, desde as primeiras séries, tendo como tema ou problemática a Educação Ambiental.
        A conclusão a que se chega, é que estamos no início de um longo processo de conscientização ecológica ou ambiental, dentro do qual a Literatura para crianças e adolescentes, levada para o âmbito da Escola, será um dos grandes instrumentos.
     É urgente a necessidade de conscientização de cada indivíduo, grupo ou nação, quanto à sua própria responsabilidade na ação que se faz necessária para, não só amenizar os atuais problemas de degradação dos meios naturais do universo (dos quais o próprio homem depende para sobreviver no planeta), como também encontrar soluções para evitar a continuidade crescente daquela degradação. O problema da Educação Ambiental, expresso em nível literário, paradidático ou didático, não será exceção à regra.

Baseado no texto de Nelly Novaes Coelho e Juliana S. Loyola e Santana


Lançamento: A Candidata - Vera Duarte - Livraria Kitabu


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ondjaki

[Ondjaki.jpg]Ondjaki, nasceu em Luanda, em 1977.

Interessa-se pela interpretação teatral e pela pintura (duas exposições individuais, em Angola e no Brasil). Já em Lisboa, fez teatro amador durante dois anos e um curso profissional de interpretação teatral. No ano 2000 recebeu uma menção honrosa no prémio António Jacinto (Angola) pelo livro de poesia actu sanguíneu. Participou em antologias internacionais (Brasil e Uruguai) e também numa antologia portuguesa.

É membro da União dos Escritores Angolanos. É licenciado em Sociologia.

BIBLIOGRAFIA

Materiais para Confecção de um Espanador de Tristezas, 2009, Editorial Caminho
Os da Minha Rua, 2009, Leya
O Leão e o Coelho Saltitão, 2008, Editorial Caminho
Avódezanove e o segredo do Soviético, 2008, Editorial Caminho
Os da Minha Rua, 2007, Editorial Caminho
E se Amanhã o Medo, 2005, Editorial Caminho
Momentos de Aqui, 2004, Editorial Caminho

CONSTRUÇÃO

construção da casa [e do interior da casa]
construção de uma fogueira [e do fogo, e da chama, e das cinzas]
construção de uma pessoa [do embrião aos livros]
construção do amor
construção da sensibilidade [desde os poros até à música]
construção de uma ideia [passando pelo que o outro disse]
construção do poema [e do sentir do poema]

[há qualquer coisa de «des» na palavra construção]

desconstrução do preconceito
desconstrução da miséria
desconstrução do medo
desconstrução da rigidez
desconstrução do inchaço do ego
desconstrução simples [como exercício]
desconstrução do poema [para um renascer dele]

construção é uma palavra
que causa suor
ao ser pronunciada.

penso que esse seja um suor bonito.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

CRAVOS VITAIS



escrevo a palavra
escravo
e cravo sem medo
o termo escravizado
em parte do meu passado
 criei com meu sangue meus quilombos
crivei de liberdade o bucho da morte
e cravei para sempre em meu presente
a crença na vida.

 CUTI. Poemas da carapinha. São Paulo : Ed. do Autor, 1978. 135p. 

Festa Literária Internacional de Paraty 2012


Festa Literária
Internacional de Paraty
2012
de 4 de julho, quarta-feira
até domingo, 8 de julho
Maiores informações: 
http://www.flip.org.br/

terça-feira, 29 de maio de 2012

Filinto Elisio - 9º SALIMP em Imperatriz Maranhão, Brasil.


Filinto Elísio


Filinto Elísio (Praia, Cabo Verde). Poeta, romancista e ensaísta. Tem oito livros publicados – a saber: “Do Lado de Cá da Rosa” (poesia), “Prato do Dia” (crónica), “O Inferno do Riso” (poesia), “Das Hespérides” (fotografia, poesia e crónica), “Das Frutas Serenadas” (poesia), “Li Cores & Ad Vinhos” (poesia), “Outros Sais da Beira-Mar” (romance) e “Me_xendo no Baú.Vasculhando o U” (poesia) – e mais três outros no prelo – “Diversa Prosa de Quase Verso” (miscelânea), “Conchas de Noé & Arcas Ostras” (cantos, contos e causos) e “Caliban Driblando Próspero em Amazónia”. Actualmente, exercendo a função de Conselheiro do Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Filinto Elísio já foi assessor do Ministro da Cultura de Cabo Verde e professor de matemática em Boston e Somerville, nos Estados Unidos da América. Membro da Associação dos Escritores Cabo-verdianos , ele é também membro-correspondente da Academia Cearense de Letras e da Academia Imperatrizense de Letras.
Fonte:  http://www.albatrozberdiano.blogspot.com

FLIAFRO 2012


FLIAFRO Minas 2012
Festa Literária de Expressões Indígenas, Africanas e Afro-brasileiras
Seminário "Leitura, Diversidade e Sustentabilidade Social"
Data: 30/05 a 02/06 de 2012
Local: Museu Inimá de Paula - Rua da Bahia, 1201 - Centro - Belo Horizonte - MG
 http://www.nandyalalivros.com.br/fliafro_r2_c1.gif

domingo, 27 de maio de 2012

Conceição Lima

                                                           DESCOBERTA
Após o ardor da reconquista  
não caíram manás sobre os nossos campos.   
E na dura travessia do deserto 
Aprendemos que a terra prometida  
era aqui. 
Ainda aqui e sempre aqui. 
Duas ilhas indómitas a desbravar.   
O padrão a ser erguido  
pela nudez insepulta dos nossos punhos. 
 
FONTE: www.jornaldepoesia.jor.br/conclima.html
Maria da Conceição de Deus Lima, mais conhecida por Conceição Lima, é uma poeta são- tomense natural de Santana da ilha de São Tomé, São Tomé e Príncipe. Estudou jornalismo em Portugal e trabalhou na rádio, televisão e na imprensa escrita em São Tomé e Príncipe. Em 1993 fundou o semanário independente O País Hoje. Na altura exerceu a função de directora do mesmo até a data da sua extinção. É licenciada em Estudos Afro-Portugueses e Brasileiros pelo King's College de Londres.  Já publicou poemas em jornais, revistas, e antologias em vários países. Em 2004 publicou O Útero da Casa pela editorial Caminho de Lisboa e em 2006 publicou A Dolorosa Raiz do Micondó pela mesma editorial.

Lima é considerada uma poeta do periodo pós-colonial. Começou a escrever poemas na sua juventude. Em 1979,  viajou até Angola, onde participou na Sexta Conferência de Escritores Afro-Asiáticos. Recitou alguns dos seus poemas e era, provavelmente, a mais jovem dos participantes presentes. Conceição Lima considera esta a primeira fase da sua carreira como poeta. A segunda fase da sua carreira, começou com a publicação dos seus poemas em jornais, revistas e antologias.

Conceição Lima


                                                             Quando o luar caiu
Quando o luar caiu e
tingiu de escuro os verdes da ilha 
cheguei, mas tu já não eras.
Cheguei quando as sombras revelavam 
os murmúrios do teu corpo 
e não eras.
Cheguei para despojar de limites o teu nome.
Não eras.
As nuvens estão densas de ti 
sustentam a tua ausência 
recusam o ocaso do teu corpo 
mas não és.
Pedra a pedra encho a noite 
do teu rosto sem medida 
para te construir convoco os dias 
pedra a pedra 
no teu tempo consumido.
As pedras crescem como ondas 
no silêncio do teu corpo. 
Jorram e rolam 
como flores violentas.
E sangram como pássaros exaustos 
no silêncio do teu corpo 
onde a noite e o vento se entrelaçam 
no vazio que te espera.
Súbito e transparente chegaste 
quando falsos deuses subornavam o tempo, 
chegaste sem aviso 
para despedir o defeso e o frio, 
chegaste quando a estrada se abria 
como um rio,
chegaste para resgatar sem demora o principio.
Grave o silêncio agarra-se ao teu corpo, 
hostil o silêncio agarra-se ao teu corpo 
mas já tomaste horas e caminhos 
já venceste matos e abismos
já a espessura do obô resplandece em tua testa.
E não me bastam pombas dementes no teu rosto 
não bastam consciências soluçante em teu rasto 
não basta o delírio das lágrimas libertas.
Cantarei em pranto teu regresso sem idade 
teu retorno do exílio na saudade 
cantarei sobre esta terra teu destino de rebelde.
Para te saudar no mar e no palma 
na manhã dos cantos sem represas 
saudarei a praia lisa e o pomar.
Direi teu nome e tu serás. 

Ana Maria Gonçalves



Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, Minas Gerais, em 1970. Abandonou a publicidadepara se dedicar à literatura. Seu primeiro livro foi o romance foi Aolado e à margem do que sentes por mim.
Lançou em 2006 Um defeito de cor (Record), vencedor do Prêmio Casa de lasAméricas (Cuba). O romance histórico narra a vida da escrava Kehinde, capturada na África e levada para o Brasil em um navio negreiro. Em Salvador, ela se casa com um português e participa da revolta dos Malês, entre outras aventuras que cobrem 90 anos de História. Este livro revela, com riqueza de detalhes, aspectos pouco conhecidos da cultura e religiosidade africana no Brasil e na África.
Foi writer-in-residence das universidades de Tulane, Stanford e Middleburry, ministrando cursos sobre a escravidão.

EU-MULHER


Uma gota de leite
me escorre entre os seios.
Uma mancha de sangue
me enfeita entre as pernas
Meia palavra mordida
me foge da boca.
Vagos desejos insinuam esperanças.
Eu-mulher em rios vermelhos
inauguro a vida.
Em baixa voz
violento os tímpanos do mundo.
Antevejo.
Antecipo.
Antes-vivo
Antes - agora - o que há de vir.
Eu fêmea-matriz.
Eu força-motriz.
Eu-mulher
abrigo da semente
moto-contínuo
do mundo.
Conceição Evaristo
CONCEIÇÃO EVARISTO nasceu em Belo Horizonte/MG em 1946 e reside no Rio de Janeiro desde 1973. Formou-se em Letras (Português-Literaturas) pela UFRJ. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC/RJ e doutora em Literatura Comparada.
Fonte: sites.uol.com.br/bayo/poemas_conceicaoevaristo.htm

Paulina Chiziane “As Andorinhas”



O livro “As Andorinhas”, de acordo com Paulina Chiziane em entrevista ao Jornalismo Moçambicano, em 30/01/09, é uma trilogia de contos que faz uma abordagem profunda sobre a vida e obra de Eduardo Mondlane, Ngungunhana e Lurdes Mutola. Chiziane diz ter escolhido estas três personalidades porque “são nomes que ajudam a compreender o Moçambique de hoje, em parte, por influências do que aconteceu no passado”.
Serviu de fonte de inspiração para a escritora uma das obras mais marcantes da literatura moçambicana: “Chitlango, o Filho do Chefe”, de Eduardo Mondlane.  Igualmente, como é comum em suas obras, inspirou-se em lendas à volta da figura do último rei de Gaza, Ngungunhana.
 É conhecida a aversão dos chopes (povo do sul de Moçambique) a Ngungunhana. Através da pertença a este grupo, fui ouvindo no meu meio muitas histórias à volta dele. O seu poderio era por todos conhecido e respeitado”, diz-nos Paulina, exemplificando que, certa vez, Ngungunhana ordenou silêncio e umas pequenas criaturas - as andorinhas - perturbaram, de cima de uma árvore, o seu descanso. Uma delas defecou lá de cima para a cabeça do rei. Na fúria que lhe era característica, o imperador chamou os seus homens e ordenou-os a caçarem todas as andorinhas.
O resultado dessa determinação é que eles saíram à caça das andorinhas, porque o rei as queria vivas junto de si para as castigar. Pelo caminho, acabaram por se confrontar com os portugueses. O fim é o que todos sabemos: o império chegou ao fim, o imperador foi preso e o seu poder acabou  por causa de uma andorinha.
Mondlane, sempre!
Debruçando-se sobre a imagem de Eduardo Mondlane, a escritora trata-o como um herói cuja importância ultrapassa os limites da luta pela auto-determinação dos moçambicanos. “Eduardo Mondlane carrega em si uma postura que devia servir de inspiração para todos nós, porque a sua importância ultrapassa também o que os nossos manuais de História dizem”, salienta Chiziane. Na obra, Paulina viaja em torno da imagem de Mondlane num conto intitulado “Maudlane, o criador”.
No que à Lurdes Mutola diz respeito, a escritora cataloga-a como “Mutola, a ungida”, história que se desenrola sobre aquela que os moçambicanos têm como a menina de ouro “Ela é muito mais que uma dourada. A história dela faz lembrar Eduardo Mondlane; é uma história de luta, de humildade, de contágio que fez um povo jubilar”, frisou.
Com estes contos, Paulina Chiziane pretende chamar a atenção sobre a “necessidade urgente de produzir personalidades fortes do tamanho e envergadura de um Mondlane”. Paulina Chiziane  já publicou as obras “Balada de Amor ao Vento”, “Ventos do Apocalipse”, “Niketche: Uma história de poligamia”, “O Sétimo Juramento” e “O Alegre Canto da Perdiz”.

terça-feira, 22 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012


Escritora de Moçambique
A seguir entrevista com a escritora de Moçambique, Paulina Chiziane, por ocasião da I Bienal Brasil do Livro e da Leitura no período de 14 a 23/04/12. Participaram da entrevista os jornalistas Lucas Rodrigues, da TV Brasil, e Mara Régia, da Rádio Nacional. O programa foi apresentado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo.
Paulina fala da sua infância e das histórias que ouvia da sua avó. Quem conta um conto, acrescenta um ponto. A escritora conta como foi sua militância pela independência do seu país e do que ela viu em seguida. Com a Guerra Civil que se instaurou no país, Paulina foi atuar na Cruz Vermelha. “Foi minha maior experiência e também decepção”, comenta a escritora. Ela via as pessoas morrendo, as bombas caindo e se perguntava o por quê de tudo aquilo. Depois de tanta luta, as pessoas continuavam morrendo. Isso fez Paulina refletir e começar a escrever seus livros.
Sobre a literatura brasileira, Paulina diz que tem dois “amantes”. O primeiro é Jorge Amado, que fez parte da sua juventude e com quem ela teve um primeiro contato com os escritores brasileiros. O segundo é Vinicius de Morais, o escritor brasileiro que ela mais admira. Paulina levanta, ainda, a importância dos brasileiros também conhecerem um pouco da literatura africana. Além disso, a contadora de histórias, que se tornou um modelo para os jovens escritores africanos, se assusta com o reconhecimento. “Isso é bom e é ruim, porque um modelo é perfeito e eu não sou assim”, relata.


FONTE: EBC Empresa Brasil de Comunicação

Paulina Chiziane

quarta-feira, 2 de maio de 2012

DIA DE CABO VERDE NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


DIA DE CABO VERDE NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
8 de maio de 2012
Local: Sala 14 do Centro de Estudos Africanos, Prédio de Filosofia e Ciências Sociais, Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, São Paulo, SP


in memoriam de Aguinaldo Rocha,
Cônsul Honorário de Cabo Verde em São Paulo)


Coordenação do evento: Profa. Doutora Simone Caputo Gomes
Comissão organizadora: Profas. Doutoras Érica Antunes Pereira, Rita Chaves e Tania Macêdo

ATIVIDADES


1) TARDE: INÍCIO ÀS 14:30h
àMESA DE HONRA: homenagem a Aguinaldo Rocha (por diversas autoridades)
àMESA DE CONFERÊNCIAS: Daniel Pereira (Historiador e Embaixador de Cabo Verde no Brasil: “Cabo Verde na História, um exemplo de superação e desenvolvimento”); Pedro Santos (Cônsul Geral de Cabo Verde no Rio de Janeiro: “Os desafios de Cabo Verde na atualidade e as relações com o Brasil”). Presidindo: Profa. Doutora Simone Caputo Gomes.

Demais autoridades convidadas: Representantes da USP, José Augusto do Rosário (Administrador do Consulado de Portugal em Santos, Presidente da Associação Caboverdeana do Brasil, Presidente do Grupo Cultural Cabo-verdiano), Lucialina [Lutcha] Maria Soares dos Reis (Secretária Geral da Associação Caboverdeana do Brasil, Folclorista e Diretora de Artes do Grupo  Cultural Cabo-verdiano).
2) NOITE: (RE)INÍCIO ÀS 19:30h
àMESA DE ESCRITORES CABO-VERDIANOS, COM LANÇAMENTO DE LIVROS, AUTÓGRAFOS DE OBRAS E TOCATINA.

Composição da Mesa: Corsino Fortes, Evel Rocha e Filinto Elísio. Coordenação das apresentações e debates: Profa. Doutora Simone Caputo Gomes.

APOIOS:

Por Cabo Verde: Governo de Cabo Verde (Gabinete do Primeiro-Ministro);Associação Cabo-verdiana de Escritores. Pela USP: Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas; Programa de Pós-Graduação de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa; Diretoria da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Pró-Reitoria de Pesquisa; Comissão de Cooperação Internacional; Centro de Estudos Africanos; CELP (Centro de Estudos de Literatura e Cultura de Língua Portuguesa); Grupo de Estudos Cabo-verdianos de Cultura e Literatura CNPq/USP



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Colóquio Internacional - Literatura e Diversidade Cultural: Repensando a Lusofonia


Data: 10 a 12 de abril de 2012
Local: Campus Central da PUCRS
10/04/2012 - Terça-feira 

9h - Abertura Oficial 
Pronunciamento
Prof. Dr. Cleonice Berardinelli (UFRJ) - Presidente de Honra 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Maria Eunice Moreira (PUCRS) 

10h - Conferência de Abertura
Prof. Dr. Helena Carvalhão Buescu (Universidade de Lisboa) 
Tema: As possibilidades e limites das literaturas pós-coloniais 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Maria Luíza Ritzel Remédios (PUCRS) 

14h - Mesa-redonda 
Relato (auto) biográfico, história e literaturas lusófonas
Prof. Dr. Ana Paula Arnaut (Universidade de Coimbra)
Prof. Dr. Lúcia Helena (UFF)
Prof. Dr. Isabel Cristina Rodrigues (Universidade de Aveiro) 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Paulo Ricardo Kralik Angelini (PUCRS) 

16h30min - Sessões de comunicação 
Mesa A - Autobiografias, Biografias e Memórias nas literaturas lusófonas - Coordenador da sessão: Prof. Dr. André Mitidieri (UESC, BA)
Mesa B - Autorreflexividade nas literaturas de língua portuguesa da atualidade - Coordenador da sessão: Prof. Dr. Francisco José Sampaio Melo (IFPi) 
Mesa C - Discursos sobre a África e a Ásia: a imaginação fantasmagórica colonial - Coordenador da sessão: Dr. Isadora Dutra (UTP) 

11/04/2012 - Quarta-feira

9h - Mesa-redonda 
Reimaginando a nação lusófona: identidade e identidades
Prof. Dr. Inocência Mata (Universidade de Lisboa)
Prof. Dr. Benjamin Abdala Júnior (USP)
Prof. Dr. Marli de Oliveira Fantini Scarpelli (UFMG)
Prof. Dr. Maria do Rosário Cunha Duarte (Universidade Aberta)
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Pedro Brum Santos (UFSM) 

11h - Sessões de Comunicação
Mesa D - Renovação do discurso nas literaturas de língua portuguesa - Coordenador da sessão: Prof. Dr. Inara de Oliveira Rodrigues (UESC, BA)
Mesa E - Imagens da identidade e da diferença nas literaturas de língua portuguesa - Coordenador da sessão: Prof. Dr. José Luís G. Fornos (FURG) 
Mesa F - Ficção e guerra, utopias e distopias nas literaturas lusófonas - Coordenador da sessão: Dr. Luciana Éboli (Secretaria da Cultura do RS) 

14h - Mesa-redonda 
Os espaços e as paisagens culturais nas literaturas lusófonas
Prof. Dr. Arnaldo Saraiva (Universidade do Porto)
Prof. Dr. Maria Lúcia Dal Farra (UFS)
Prof. Dr. Beatriz Weigert (Universidade de Évora)
Prof. Dr. Teresa Cristina Cerdeira da Silva (UFRJ)
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Jane Tutikian (UFRGS) 

16h30 - Sessões de comunicação 
Mesa G - Cenas da poesia luso-afro-asiática
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Miriam Denise Kelm (UNIPAMPA)
Mesa H - Identidade e paisagens culturais
Coordenador da sessão: Dr. Roberto Carlos Ribeiro
Mesa I - Da natureza às malhas da ficção lusófona 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Regina da Costa da Silveira (UNIRITTER) 

12/04/2012 - Quinta-feira

9h - Mesa-redonda 
Amor e política: o apagamento das fronteiras e dos gêneros
Prof. Dr. Simone Pereira Schmidt (UFSC)
Prof. Dr. Mário César Lugarinho (USP)
Prof. Dr. Tânia Celestino de Macêdo (USP)
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Eunice T. P. Gai (UNISC) 

11h - Sessões de Comunicação
Mesa J - A transformação dos papéis femininos nas literaturas lusófonas 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Sílvia Helena Pinto Niederauer (UNIFRA) 
Mesa K - A palavra feminina na construção da identidade nas literaturas lusófonas - Coordenador da sessão: Prof. Dr. Vera Prola Farias (UNIFRA) 

14h - Conferência de encerramento
O discurso político e a lusofonia
Prof. Dr. Carlos Reis (Universidade Aberta) 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Ana Maria Lisboa de Mello (PUCRS) 

16h30 - Mesa de Escritores
Escritores e a cultura da lusofonia
Helder Macedo (Portugal)
João Melo (Angola)
Luís Cardoso (Timor-Leste) 
Coordenador da sessão: Prof. Dr. Miguel Rettenmaier da Silva (UPF) 

Fonte: http://www.pucrs.br/eventos/coloquiolusofonia/?p=capa

Mulheres Pretas

    Conversar com a atriz Ruth de Souza era como viver a ancestralidade. Sinto o mesmo com Zezé Motta. Sua fala, imortalizada no filme “Xica...