Após o ardor da reconquista
não caíram manás sobre os nossos campos.
E na dura travessia do deserto
Aprendemos que a terra prometida
era aqui.
Ainda aqui e sempre aqui.
Duas ilhas indómitas a desbravar.
O padrão a ser erguido
pela nudez insepulta dos nossos punhos.
FONTE: www.jornaldepoesia.jor.br/conclima.html
Maria da Conceição de Deus Lima, mais conhecida por Conceição Lima, é uma poeta são- tomense natural de Santana da ilha de São Tomé, São Tomé e Príncipe. Estudou jornalismo em Portugal e trabalhou na rádio, televisão e na imprensa escrita em São Tomé e Príncipe. Em 1993 fundou o semanário independente O País Hoje. Na altura exerceu a função de directora do mesmo até a data da sua extinção. É licenciada em Estudos Afro-Portugueses e Brasileiros pelo King's College de Londres. Já publicou poemas em jornais, revistas, e antologias em vários países. Em 2004 publicou O Útero da Casa pela editorial Caminho de Lisboa e em 2006 publicou A Dolorosa Raiz do Micondó pela mesma editorial.
Lima é considerada uma poeta do periodo pós-colonial. Começou a escrever poemas na sua juventude. Em 1979, viajou até Angola, onde participou na Sexta Conferência de Escritores Afro-Asiáticos. Recitou alguns dos seus poemas e era, provavelmente, a mais jovem dos participantes presentes. Conceição Lima considera esta a primeira fase da sua carreira como poeta. A segunda fase da sua carreira, começou com a publicação dos seus poemas em jornais, revistas e antologias.
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