Partindo do atual conceito de Literatura, como palavra
nomeadora do real e como expressão essencial do ser humano em suas relações com
o outro e com o mundo ( ou com a natureza em geral), conclui-se que a
Literatura destinada às crianças e aos jovens é um dos instrumentos de maior
alcance para a urgente conscientização ecológica desse grupo básico nas
sociedades. Ou melhor, a Literatura Infanto-Juvenil é um dos caminhos mais
fáceis para a conscientização dos imaturos acerca dos problemas que a Educação
Ambiental vem colocando para a sociedade e que estão longe de poderem ser
resolvidos.
Como sabemos, a Literatura é, hoje, entendida como uma
experiência humana fundamental, uma vez que atua nas mentes, nas emoções, nos
sentimentos, ou melhor, no espaço interior do indivíduo e, evidentemente, atua
na formação de sua consciência de mundo (a que é visada pela Educação
Ambiental). Daí o crescente interesse da educação contemporânea pela inclusão
dos livros literários, paradidáticos e didáticos nos currículos escolares,
desde as primeiras séries, tendo como tema ou problemática a Educação
Ambiental.
A conclusão a que se chega, é que estamos no início de um
longo processo de conscientização ecológica ou ambiental, dentro do qual a
Literatura para crianças e adolescentes, levada para o âmbito da Escola, será
um dos grandes instrumentos.
É urgente a necessidade de conscientização de cada
indivíduo, grupo ou nação, quanto à sua própria responsabilidade na ação que se
faz necessária para, não só amenizar os atuais problemas de degradação dos
meios naturais do universo (dos quais o próprio homem depende para sobreviver
no planeta), como também encontrar soluções para evitar a continuidade
crescente daquela degradação. O problema da Educação Ambiental, expresso em nível
literário, paradidático ou didático, não será exceção à regra.
Baseado no texto de Nelly Novaes Coelho e Juliana S. Loyola e Santana