segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A voz funda do rio -Cidinha da Silva

FLORes de martha


Quando ela diz meu nome em tom grave, quando ri forte e divertida, há uma força telúrica que escapa do lago e faz redemoinhos insondáveis.
Quando ela diz venha, é sopro de vida, fogaréu de alegria, imperativo perfeito para meu coração que quer tanto segui-la.
Quando ela diz tô com saudade de tu, me derreto como manteiga ao sol. Assim mesmo, com gosto do que se come, do que se degusta. Eu deixo de ser oblíqua e me torno pronome-sujeito na língua da mulher que me ama.
(Do livro BAÚ DE MIUDEZAS, SOL E CHUVA)
Fonte: Blog da Cidinha/Geledes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mulheres Pretas

    Conversar com a atriz Ruth de Souza era como viver a ancestralidade. Sinto o mesmo com Zezé Motta. Sua fala, imortalizada no filme “Xica...