quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Evento na ONU marca 20 anos do genocídio de Ruanda


Vice-secretário-geral lembra que "consequências da falha em atender os sinais foram horripilantes"; Jan Eliasson fala sobre responsabilidade coletiva em evitar tragédias do tipo.
Jan Eliason. Foto: ONU/Evan Schneider
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Um evento especial na sede das Nações Unidas esta quarta-feira marca, antecipadamente, os 20 anos do genocídio de Ruanda. Em abril de 1994, ações de extremistas mataram cerca de 800 mil ruandeses, durante três meses de confrontos.
O vice-secretário-geral da ONU lembrou que na época, muitos tentaram avisar a comunidade internacional sobre a situação no país africano. Segundo Jan Eliasson, apesar dos alertas, as Nações Unidas e o mundo não conseguiram evitar o genocídio.
Falha Coletiva
Eliasson falou que as consequências da falha foram "monumentalmente horripilantes". O vice-chefe da ONU pediu que nunca seja esquecida a falha coletiva em prevenir o genocídio ruandês.
Ele admitiu que as lições aprendidas ao longo de duas décadas nem sempre foram seguidas de ação. Eliasson lembrou que desde a tragédia em Ruanda, centenas de milhares de pessoas morreram em "atrocidades em massa" e milhões ficaram desalojadas.
Sudão do Sul
No evento em Nova York, o vice-secretário-geral citou "homens, mulheres e crianças" que tem sido mortos no Sudão do Sul, na República Centro-Africana e na Síria. Segundo ele, quando as pessoas são assassinadas em nome "de religião, raça ou etnia, toda a humanidade é diminuída." 
Eliasson detalhou um plano de ação da ONU para que situações como a de Ruanda não se repitam e para que seja reforçada a capacidade da organização em prevenir casos de violência em larga escala.
Fonte: correionago

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