terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Embaixador diz que falta de dinheiro atrasa avanço do português no mundo


Ex-representante de Cabo Verde nas Nações Unidas afirmou que razões financeiras e técnicas impedem que o idioma torne-se uma língua oficial da ONU e outras organizações internacionais.
Bandeiras dos países lusófonos na sede da CPLP, em Lisboa
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O avanço da língua portuguesa no mundo tem sido adiado por falta de meios e capacidade técnica.
A afirmação é do ex-embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, António Lima.
Estatuto
Nesta entrevista de despedida do posto, que ocupou por seis anos até meados de janeiro, Lima afirmou que a língua portuguesa tem estatuto de língua internacional e que por isso deveria estar mais presente e ativa em organizações pelo mundo. O português é língua oficial em Cabo Verde assim como em mais outros sete países das Américas à Ásia.
"Isso é fundamentalmente um problema de meios. Não há razões outras se não técnicas e financeiras para isso. E nós estamos a trabalhar para ver como, progressivamente, conseguimos esta situação. Evidentemente que cada um de nós e particularmente dentro da Cplp os países que têm mais meios do que outros estão a refletir muito seriamente sobre isso. E nós queremos, efetivamente, que as Nações Unidas possam fazer do português uma língua oficial ao mesmo título que a seis outras línguas (oficiais)."
Plano de Ação
As línguas oficiais das Nações Unidas são árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
Desde 2008, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tem traçado planos de ação para aumentar a presença do português no mundo incluindo em organizações internacionais. O primeiro Plano de Ação, de Brasília, foi divulgado em 2010.
Este ano, os países-membros da Cplp aprovaram o Plano de Ação de Lisboa com os mesmos termos de disseminação do idioma.
*Apresentação: Denise Costa.
Fonte: radioonu

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