segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O fotógrafo que mudou a imagem da África nos Estados Unidos

As imagens da guerra e da pobreza moldaram as ideias que muitas pessoas têm sobre a África.
O fotógrafo americano Eliot Elisofon (1911-1973) decidiu visitar o continente africano para mostrar que ele também é um vasto território cheio de riqueza e variedade.
Elisofon trabalhou como fotógrafo para a revista Life durante sua carreira e fez 11 expedições a países da África.
Suas fotos, especialmente as imagens coloridas, ofereceram ao público americano um olhar sobre povos, culturas e paisagens do continente, na segunda metade do século 20.
Seu legado fotográfico é parte de uma exposição no Museu Nacional Smithsonian de Arte Africana em Washington.
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O fotógrafo americano Eliot Elisofon (1911-1973) decidiu visitar o continente para mostrar que a África é muito mais do que guerra e pobreza. Nesta imagem de 1947, Ele aparece com o Monte Kilimanjaro ao fundo. 
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Elisofon trabalhou como fotógrafo para a revista Life durante sua carreira e fez 11 expedições à África. Seu legado fotográfico é parte de uma exposição no Museu Nacional Smithsonian de Arte Africana em Washington. Nesta foto, de 1970, um arco-íris aparece na região do Lago Kivu, no que hoje é a República Democrática do Congo.
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As imagens africanas de Elisofon alcançaram um público na América que em grande parte ignorava a cultura e a diversidade africanas. A curadora da exposição em Washington, Amy Staples, disse à BBC que, antes da Segunda Guerra Mundial, as imagens da África vinham de Hollywood, livros ou desenhos animados infantis. "Não era um retrato autêntico da África, mas uma mitologia da África", diz. Nesta fotografia, um baile de máscaras na República Democrática do Congo. 
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Staples diz que as imagens tinham um enorme impacto sobre o público dos Estados Unidos. "Antes, talvez eles não tivessem visto grandes imagens coloridas da África na imprensa dos EUA, especialmente em uma revista popular como a Life." A foto desta mulher também foi tirada na atual República Democrática do Congo.
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A África vivia um período de turbulência e transição no pós-guerra e muitos países buscavam a independência. Elisofon, nesta foto obtida por volta de 1970, ajudou a destacar os novos líderes do continente. O período coincidiu com o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos.

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Além de seu trabalho como fotógrafo, Elisofon foi um colecionador que ajudou a estabelecer o primeiro estudo formal da arte africana no país. Durante sua vida, ele recolheu mais de 700 objetos de arte. A exposição no Smithsonian reúne suas fotografias e objetos, além de filmes, livros e jornais. Elisofon, autor de vários livros de imagens, também trabalhou em projetos de televisão. O objeto na foto é um pingente da Costa do Marfim.
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A exposição também comemora o 40º aniversário dos Arquivos Fotográficos de Eliot Elisofon, um centro de pesquisa e referência sobre a África localizado no museu Smithsonian. A coleção tem cerca de 350 mil peças. Na foto, dois anéis da aldeia Dinka, em Sudão do Sul.
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Claro, o continente apresentado por Elisofon mudou drasticamente nas últimas décadas, mas as 80 mil imagens que ele doou ao Museu Nacional de Arte Africana é um legado da sua missão pessoal de abrir os olhos dos Estados Unidos para a variedade e a riqueza da África. Todas as imagens cortesia Smithsonian.

 

Fonte: BBC/Geledes

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