sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

15 de janeiro de 1929: nascia em Atlanta, Georgia (EUA), Martin Luther King Jr.

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Em 15 de Janeiro de 1929 nascia Martin Luther King Jr., na cidade de Atlanta (EUA). Filho e neto de pastores protestantes batistas fez seus primeiros estudos em escolas públicas segregadas e graduou-se no prestigiado Morehouse College, Em 1948, formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1954, iniciou suas atividades como pastor em Montgomery, capital do estado do Alabama. Em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston, onde conheceu sua futura esposa, Coretta Scott.
Luther King foi um grande defensor da resistência não violenta contra a opressão racial e, por este motivo, elevado à condição de líder do movimento em favor dos direitos civis dos afro-americanos. Luther King lutou por um tratamento igualitário e contribuiu para a melhoria da situação da comunidade negra mediante protestos pacíficos e discursos enérgicos sobre igualdade racial.
Em 1955, organizou o famoso boicote ao transporte público em Montgomery, em protesto contra a prisão de Rosa Parks, uma mulher negra que se recusou a dar lugar a uma passageira branca em um coletivo. A ação, que durou 381 dias, representou uma grande vitória para o protesto pacifista, fazendo com que Luther King emergisse como líder altamente respeitado.
Apesar do reconhecimento, Luther King foi preso, teve sua casa atacada e recebeu diversas ameaças contra a sua vida. Não obstante, nem a violenta repressão policial enfraqueceu o movimento. Por fim, em 21 de dezembro de 1956, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu pelo fim da segregação racial nos transportes públicos.
Em 1957, participou da fundação da Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC, na sigla em inglês), que lutava pelos direitos civis e era liderada por Luther King, que passou a ser citado como referência na busca pela igualdade racial. No ano de 1963, ele comandou um protesto não-violento em Birmingham, também no Alabama, uma das regiões mais segregacionistas do país na época. O protesto foi fortemente sufocado pelas forças locais do comissário de segurança pública Theophilus Connor (O Touro), onde foram feridos vários manifestantes, incluindo crianças e aproximadamente 3.300 negros foram presos, inclusive Luther King.
Esse acontecimento foi mostrado a todo o planeta e atraiu uma legião de adeptos à causa dos direitos civis dos negros estadunidenses, ocasionando outro grande momento ainda, em 1963: a Marcha pelo Trabalho e pela Liberdade, em Washington, que reuniu mais de 250.000 adeptos em frente ao Memorial Lincoln. Ocasião na qual Luther King proferiu seu mais famoso discurso, “Eu Tenho Um Sonho”. No mesmo dia, uma comissão de lideranças da Marcha de Washington, como ficou conhecido o episódio, foi recebida pelo então presidente John Kennedy, que declarou apoio à pauta de reivindicações.
No ano seguinte, foi aprovado o Ato dos Direitos Civis, que baniu a segregação e discriminação racial em escolas e locais públicos, e, em 1965, a Lei dos Direitos de Voto, que também foi conquistada em decorrência das manifestações.
O ano de 1964 foi marcado pelo reconhecimento mundial pelos esforços de Martin Luther King por um mundo mais justo e igualitário e por sua militância em defesa da vida, o que se deu por meio do Prêmio Nobel da Paz. Aos 35 anos, Luther King tornou-se o mais jovem a receber o Nobel.
O líder aos poucos foi ampliando seus objetivos e, ao mesmo tempo, ganhava mais inimigos, tanto entre brancos como entre negros que acreditava que a filosofia da não-violência não trazia resultados práticos. Respondendo às alas radicais do movimento, disse que o povo negro não deveria matar a sede de liberdade na taça do ódio e da revolta, mas que, porém, não deveria se sentir satisfeito com as meias-verdades oferecidas pelas elites do país.
Em 1967, Luther King, apesar das tentativas de dissuasão feita por alguns de seus companheiros de luta, temerosos de que os negros americanos fossem acusados de antipatriotismo, posicionou-se contra a Guerra no Vietnã com discursos como “Além do Vietnã” e “Por que sou contra a guerra no Vietnã?”.
Durante sua luta, Luther King recebeu inúmeras ameaças, teve sua casa depredada, foi esfaqueado por uma mulher negra com problemas mentais e foi preso inúmeras vezes. Na noite de 04 de Abri de 1968, foi assassinado a tiros na varanda do seu quarto em um Hotel em Memphis, Tennesse, onde estava em apoio a uma greve de coletores de lixo, por um homem branco que havia escapado da prisão.
Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos Estados Unidos para homenagear Martin Luther King, o chamado “Dia de Martin Luther King” (sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário de King). Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os estados do país.
No ano de 2011, o presidente dos EUA, Barack Obama, inaugurou, no Washington Mall, um monumento em homenagem a Martin Luther King Jr, uma estátua de 9m de altura, esculpida em granito branco chinês pelo artista Lei Yixin. Luther King é o único líder que não assumiu o posto máximo de sua nação a receber uma homenagem no Mall – até então um panteão dedicado a presidentes americanos: George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Franklyn Roosevelt.
Fonte: FCP

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