terça-feira, 10 de novembro de 2015

Depois de Malala, liberiano de 17 anos ganha prêmio por defender crianças

O garoto Abraham Keita – Bart Maat/AFP

O garoto Abraham Keita, nasceu em uma das maiores favelas de Monróvia, capital da Libéria, na África, no meio de uma guerra civil.

E a vida dele não foi mesmo fácil: quando tinha tinha 5 anos, ele perdeu o pai, que trabalhava em uma organização humanitária.

Aos 9, foi convidado a fazer parte de um parlamento infantil do país, depois de participar de uma manifestação organizada por crianças. Elas pediam justiça no caso de uma menina de 13 anos que havia sido violentada sexualmente.
Em 2012, Keita ajudou a aprovar uma legislação nacional pelos direitos infantis, a Lei das Crianças –a Libéria foi um dos primeiros países africanos a adotar regras do tipo.

Hoje com 17 anos, o jovem tem um papel de liderança no parlamento infantil, ao fazer manifestações pacíficas e petições e pressionar as autoridades para que todas as crianças tenham direito a educação gratuita.

Por esses feitos, o menino recebeu nesta segunda (9) o International Children's Peace Prize (prêmio internacional da paz para crianças, na tradução para o português).

O reconhecimento é anual e já foi entregue, em 2013, à menina paquistanesa Malala Yousafzai, hoje com 18 anos, conhecida internacionalmente por lutar pelo direito das meninas de estudar e a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
"Estamos muito felizes de ter Abraham entre os ganhadores. Juntos, vamos continuar a luta para melhorar os direitos das crianças e colocar um fim imediato à violência contra elas", disse a garota na entrega do prêmio, anunciado na cidade de Haia, na Holanda.

Quem fez a entrega foi a ativista Leymah Gbowee, primeira liberiana a ganhar também o Nobel da Paz, em 2011, pela defesa das mulheres.

Entre os finalistas estavam ainda Aziza Rahimzada, 14 –conhecida em seu país como a "Malala Afegã"–, que convenceu as autoridades a abrir colégios para crianças refugiadas e fornecer água a mais de cem famílias, e Jeanesha Bou, 17, de Porto Rico, que tem trabalhado pelo fim do tráfico de crianças e jovens. 

Fonte: Folhauol

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