segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Maputo foi palco de marcha com apelos à não-violência contra a mulher

Iniciativa marcou os 16 dias de ativismo pelo fim da violência com a mensagem da ONU Mulheres;  campanha termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, na próxima quarta-feira.
Mensagens de repúdio à violência. Foto: Ouri Pota.
Ouri Pota da Rádio ONU, em Maputo.
A capital moçambicana foi palco de uma marcha, este sábado, marcada com cartazes a desencorajar a violência contra a mulher. As mensagens continham apelos para o diálogo e para uma boa cultura de convivência e de paz.
A caminhada pelas ruas de Maputo fez parte das atividades dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher e rapariga, que leva a mensagem da ONU Mulheres.
Expectativa
Ambos os sexos estiveram representados na marcha organizada pela Rede Homens pela mudança, Hopem. Para os organizadores, o evento atingiu a expectativa mesmo com a temperatura que se fez sentir na capital moçambicana.
 "Apesar da chuva as pessoas mostraram que estão desejosas de mudança, vieram marchar e manifestaram o seu sentimento de repúdio, de distanciamento, de querer mudança,  de querer ver uma realidade diferente no que diz respeito à relação entre homens e mulheres. As pessoas estão cansadas da violência."
Solução
Leonor, Manuel Silvestre e João Figueiredo são alguns participantes ouvidos pela Rádio ONU. O seu repúdio à violência como solução para a resolução de um determinado conflito é o fator comum.
"A violência não ajuda. Jamais agi com violência mas, praticamente, há um comportamento da adolescência ao adulto a pessoa já leva na consciência que o homem é superior e a mulher é inferior. Isso não tem ajudado muito na nossa sociedade. A gente só pode conseguir este mundo melhor dando espaço que a mulher merece que tanto esforço fez para conquistar. Estes que praticam a violência devem deixar porque não constrói, mas sim destrói."
Desafios
O coordenador da Hopem, Júlio Langa, defendeu que apesar dos desafios a garantia da igualdade de gênero é prioritária.
"A falta de compreensão adequada da igualdade do gênero dos direitos iguais para homens e para mulheres. Esse é um desafio importante que nos temos estado a trabalhar no sentido de ajudar a esclarecer, no sentido de apoiar os homens a tomarem consciência do que significa igualdade entre homens e mulheres e no sentido de aumentar a responsabilidade dos homens em relação à questão da igualdade de gênero."
Os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulheres e raparigas tiveram início a 25 de novembro, no Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres. O encerramento será 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Fonte: Folhauol

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