segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Moçambique regista avanços a nível de politicas económicas

Visão é do economista Finn Tarp, que está em Maputo no âmbito do Forum Mozefo; o especialista da Universidade da ONU afirma que apesar dos avanços, a ausência de dados estatísticos dificulta as 
análises comparativas sobre as políticas econômicas.



Foto: Unicef

Moçambique está no bom caminho na luta contra a pobreza, mas trata-se de uma luta que envolve etapas. Esta é a avaliação do economista e professor da Universidade das Nações Unidas, Finn Tarp, em conversa com a Rádio ONU em Maputo.
Ouri Pota, da Rádio ONU em Maputo
"Para mim o mais importante em Moçambique é o ataque à pobreza, porque a pobreza é a causa da instabilidade. E é a causa de que de facto a paz em alguns lugares é um pouco fraca. Sem desenvolvimento e combate à pobreza, o desenvolvimento não vai ocorrer bem, a paz não existirá. Este é o ponto que eu penso ser chave. Moçambique pode atingir níveis altos de desenvolvimento mas requer um esforço focado em relação à cultura."
Avaliação
No combate a pobreza, o economista cita a importância dos dados estatísticos para a abordagem sobre a economia.
"É necessário de ter cuidado quando falamos de políticas económicas. É necessário para nós termos os dados e depois podemos começar avaliar e fazer comparação entre 1996, 2002, 2008 e 2014. É claro que, se a análise que sai do que as pessoas dizem não é correcto, podem chegar as conclusões incorrectas e isso não é justo."
Aposta no sector agrário é uma das soluções para o desenvolvimento em Moçambique, na avaliação de Finn Trap.
Investimento
" Há muitas pessoas ainda em pobreza e ainda há fome.O importante é assegurar que um camponês e a família podem de facto viver de uma maneira razoável. De uma maneira justa. Para isso requer investimento no setor agrário, requer sementes, mercado , infra-estrutura e que requer que a economia funcione e que haja posto de saúde onde as crianças podem ir quando estão doentes."
Finn Tarp tem 35 anos de experiência em pesquisa e docência na área económica. A sua experiência de campo abrange cerca de 20 anos de trabalho em mais de 35 países africanos com destaque a Moçambique, Suazilândia e Zimbábue. Sua área de pesquisa abrange  questões de estratégia de desenvolvimento e de ajuda externa com enfoque na pobreza, distribuição de rendimento, crescimento económico, políticas económicas e modelagem.
Fonte: radioonu

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