sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ABL apresenta troca de cartas entre Machado de Assis e José Veríssimo

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Divulgação

Uma espécie de "troca de e-mails" sobre amenidades entre o maior ícone da literatura nacional, Machado de Assis, e um de seus colegas fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), José Veríssimo.

Foi com essa analogia que a ABL apresentou nesta quinta-feira (15) 12 cartas inéditas de Machado de Assis que foram encontradas pelos herdeiros de Veríssimo em um apartamento no Flamengo, na zona sul do Rio.

Os documentos, parte do acervo de Veríssimo, foram doados à ABL há dois meses.
Dentre as 61 cartas encontradas, 12 eram inéditas. Fiquei emocionadíssima ao ver todo material", afirmou a pesquisadora Irene Moutinho, especialista na obra de Machado.

"São correspondências curtas e bilhetes que trocavam entre eles. São importantes, pois fazem uma ponte com outras que estão na coleção. Era como se fosse uma forma pontual de mandarem e-mail um para o outro."

Além da correspondência, também foram descobertas ao menos três fotografias nunca vistas na iconografia de Machado.

Os documentos encontrados também ajudaram a descobrir erros de transcrição em materiais já publicados.

"Li todas as correspondências encontradas no acervo e até notei algumas discrepâncias das transcrições anteriores para o original. Por mais cuidados que tenham as pessoas que transcrevem, às vezes é uma vírgula que falta, um parágrafo que não tinha", disse Moutinho.

O material foi doado por Helena Araujo Lima Veríssimo, viúva do neto de José Veríssimo. Ele inclui ainda artigos de jornais, fotografias e correspondências para familiares e amigos.

Entre as fotografias encontradas de Machado de Assis, chamou a atenção dos pesquisadores uma imagem em rara posição frontal, tirada quando o escritor tinha cerca de 50 anos.

Para o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, a doação pode servir de exemplo. Segundo ele, muitos materiais podem se perder se não receberem os cuidados devidos.

"É um acervo precioso, corresponde a uma época muito importante da ABL em 1916. Esse material é muito difícil de ser guardado em casa, se estraga com o tempo. Aqui temos um departamento com a melhor técnica de conservação que existe em matéria de documentos", afirmou Cavalcanti.

Fonte: Folhauol

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