por José Ricardo D'Ameida
Para o movimento negro e ativistas é a data de celebração das lutas e conquistas realizadas ao longo da história.
Para os arrivistas é inócuo, acreditam que não há o que celebrar que a luta é sempre insuficiente e que o racismo não cede, vivem num "mundo à parte", o de sua própria indignação e falta de perspectivas.
Há também, sabemos, os festeiros, aqueles que celebram apenas a alegria de estarem vivos, alienam-se na festa e fazem a sua revolução no ato do corpo em movimento, na participação ritual no espaço da liturgia festeira.
Como um todo o povo negro pouco sabe do 20 de novembro, certamente, por sua posição subalterna diante da vida não há muito, o que comemorar.
Apesar de 10 anos da lei do ensino afro nas escolas comemorados este ano, as maioria da crianças e jovens negros não tem ideia de que seus heróis não são os heróis da sua subordinação social e psicológica, da sua falta de auto estima, da falta de heróis com a sua cara preta.
Junto a isso, no mundo atual, a onipresença da mídia na vida cotidiana reforça a invisibilidade, o estereótipo e a distorção histórica e social dos fatos, da cultura negra e do sentido da vida, transformando tudo num apêndice do espetáculo consumista.
Bestializada, a "outra" parte da sociedade não se vê representada nessa história como se a história do negro fosse um excesso ou que acredita que a cultura ou o corpo negro fossem o bastante para seu prazer.
Para que serve um dia de feriado da Consciência Negra"?
Vamos à praia?
Fonte: Geledes
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