A partir do próximo dia seis de dezembro, o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) vai abrir um escritório de operações na África do Sul. A informação foi revelada pelo professor João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil-África, que visa promover o intercâmbio comercial entre os dois países. Essa unidade internacional, segundo ele, terá, como funcionários, somente técnicos brasileiros.
A função do escritório, conforme o presidente, será desenvolver atividades de financiamento de empresas brasileiras no continente africano e, também, fazendo a atração de empresas africanas para a realização de investimentos no Brasil. Ele observou que, antes mesmo da inauguração desse escritório, já existem clientes aguardando as operações da unidade.
FÓRUM
João Bosco foi a Brasília participar de reunião no Itamaraty, no ambiente de relações exteriores, para discutir os termos da participação da entidade no Fórum Brasil-África, que vai ocorrer em Fortaleza, nos dias 28 e 29 de agosto do ano que vem. Para o evento, está sendo aguardada a participação de, pelo menos, 40 delegações africanas, além de empresários brasileiros da área de infraestrutura.
As conversações servirão, também, para discutir a participação oficial do governo brasileiro neste importante Fórum a ser realizado aqui. Ainda em Brasília, João Bosco foi acompanhar os contatos de uma empresa do Ceará chamada G4flex, da área de telecomunicações e informática. Ele foi participar de uma reunião com três embaixadores - de Angola, Moçambique e Cabo Verde -, numa forma de expansão das atividades da empresa cearense.
O Fórum que acontecerá no próximo ano, na Capital cearense, e a abertura deste escritório do Bndes no continente africano, serão de grande importância, uma vez que no último dia dez, a Companhia Docas do Ceará (CDC) assinou o contrato de lançamento de uma linha marítima direto para Cabo Verde. O primeiro embarque acontecerá na segunda quinzena de dezembro e é composto de uma carga com três mil toneladas de produtos variados como aço, calçados, suco de frutas, revestimentos cerâmicos e argamassa para rejuntamento. O tempo de viagem, que hoje é de 45 dias e exige grande logística, será reduzido para apenas sete, de porto a porto.
Fonte: O Estado
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