O ator baiano Lázaro Ramos disse que quebrar barreiras tem sido uma constante na carreira. Em entrevista ao jornal O Globo, Lázaro afirmou que às vezes tem de dar "respiradas" para não se contrariar sempre com o problema do racismo.
"Às vezes tenho que dar dez respiradas, mas é uma tentativa. Cansa, mas você vê que é necessário continuar essa luta, pois o resultado será importante. Podemos aproveitar a diversidade do país e escrever uma nova história cultural. O Brasil é muito diverso para nos apegarmos à velha fórmula por tantos anos. E sou otimista ao ver tantos talentos que apareceram nas últimas décadas, como a Sheron Menezes, o JP Rufino. É essa identificação do público que faz com que as coisas mudem e evoluam. Eu vou dizer uma coisa... sou grato aos investimentos que a TV fez em mim. "Ó pai, ó" (séria exibida em 2008) trouxe um grupo de teatro inteiro para um seriado. E "Lado a lado" é tudo o que eu sonhei fazer na TV", relatou.
Questionado sobre o papel da teledramaturgia no debate, o ator que foi revelado pelo Bando de Teatro Olodum, foi reticente. "O racismo na televisão não tem um caminho só. Falar do assunto, às vezes, é não tocar no assunto. É um problema que se apresenta de forma complexa e tem que ser tratado como tal", comentou.
Fonte: geledes
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