Pepe Vargas, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, disse que o país está a investir ainda mais na Cooperação Sul-Sul não só com nações africanas de língua portuguesa, mas também com outros países do continente.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Brasil pretende continuar a expandir a sua cooperação com os países africanos como parte da Cooperação Sul-Sul e também de uma estratégia nacional de estreita colaboração com o continente.
A declaração foi dada à Rádio ONU pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. O governante esteve na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para participar do lançamento do Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014.
Setor Agrícola
Questionado sobre a cooperação do seu Ministério com os cinco países africanos de língua portuguesa, Vargas respondeu que as relações com África são uma prioridade não só no setor agrícola, mas também em outras áreas da cooperação brasileira.
"É impossível de falar do Brasil sem falar de África. É impossível pensar na cultura brasileira, na culinária brasileira, em qualquer dimensão que diz respeito ao país sem falar na nossa relação com a África. Mais de 50% da nossa população é afrodescendente. O Brasil tem um resgate histórico para com a África. Temos uma dívida social para com uma parcela importante da população africana que foi arrancada de lá, veio ao Brasil, produziu boa parte da riqueza do Brasil. Só recentemente passamos a ter políticas afirmativas para inclusão da população afrodescendente no Brasil."
Segundo Pepe Vargas, o Brasil está a cooperar com a estratégia de erradicação da fome que tem a parceria da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. O Ministério brasileiro do Desenvolvimento também mantém projetos na área agrícola com outros países africanos de expressão inglesa e francesa.
*Apresentação: Eleutério Guevane.
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