Certo dia, a boca, com ar vaidoso, perguntou:
– Embora o corpo seja um só, qual é o órgão mais importante?
Os olhos responderam:
– O órgão mais importante somos nós: observamos o que se passa e vemos as coisas.
– Somos nós, porque ouvimos – disseram os ouvidos.
– Estão enganados. Nós é que somos mais importantes porque agarramos as coisas, disseram as mãos.
Mas o coração também tomou a palavra:
– Então e eu? Eu é que sou importante: faço funcionar todo o corpo!
– E eu trago em mim os alimentos – interveio a barriga.
– Olha! Importante é aguentar todo o corpo como nós, as pernas, fazemos.
Estavam nisto, quando a mulher trouxe a massa, chamando-os para comer. Então os olhos viram a massa, o coração emocionou-se, a barriga esperou ficar farta, os ouvidos escutavam, as mãos podiam tirar bocados, as pernas andaram… mas a boca recusou comer. E continuou a recusar.
Por isso, todos os outros órgãos começaram a ficar sem forças…
Então a boca voltou a perguntar:
– Afinal qual é o órgão mais importante no corpo?
– És tu boca, responderam todos em coro. Tu é o nosso rei!
– Embora o corpo seja um só, qual é o órgão mais importante?
Os olhos responderam:
– O órgão mais importante somos nós: observamos o que se passa e vemos as coisas.
– Somos nós, porque ouvimos – disseram os ouvidos.
– Estão enganados. Nós é que somos mais importantes porque agarramos as coisas, disseram as mãos.
Mas o coração também tomou a palavra:
– Então e eu? Eu é que sou importante: faço funcionar todo o corpo!
– E eu trago em mim os alimentos – interveio a barriga.
– Olha! Importante é aguentar todo o corpo como nós, as pernas, fazemos.
Estavam nisto, quando a mulher trouxe a massa, chamando-os para comer. Então os olhos viram a massa, o coração emocionou-se, a barriga esperou ficar farta, os ouvidos escutavam, as mãos podiam tirar bocados, as pernas andaram… mas a boca recusou comer. E continuou a recusar.
Por isso, todos os outros órgãos começaram a ficar sem forças…
Então a boca voltou a perguntar:
– Afinal qual é o órgão mais importante no corpo?
– És tu boca, responderam todos em coro. Tu é o nosso rei!
Nota : todos somos importantes e, para viver, temos de aprender a colaborar uns com os outros
In "Eu conto, tu contas, ele conta… Estórias africanas", org. de Aldónio
Gomes, 1999
Fonte: http://limacoelho.jor.br/index.php/2-contos-africanos-de-Ald-nio-Gomes/
Gomes, 1999
Fonte: http://limacoelho.jor.br/index.php/2-contos-africanos-de-Ald-nio-Gomes/
Qual é a situação principal do conto
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