Jovens mulheres participam num projeto de fabrico têxtil do coletivo
Heshima Maisha, em Nairobi; segundo o Acnur, iniciativa promove
liderança e restabelece a esperança das refugiadas.
Ana Duarte Carmo, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Em Nairobi, no Quénia, mais de 24 refugiadas formam um grupo gerido
pela organização não-governamental Heshima Maisha. O grupo fabrica e
vende tecidos únicos e lenços tingidos à mão, possibilitando às
participantes aprender um ofício.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur,
o projeto permite-lhes ainda ter uma fonte de rendimento para pagar a
sua alimentação.
Acnur acompanha o trabalho da ONG
A ONG Heshima Maisha providencia educação, formação profissional,
casa e outros serviços a crianças e meninas adolescentes que chegam ao
Quénia, vindas do Ruanda, Sudão do Sul e Somália.
O Acnur trabalha com organizações não-governamentais como o coletivo
Maisha para ajudar as refugiadas a restabelecer as suas vidas e a ganhar
independência. Dar poder às mulheres está entre as prioridades
estratégicas do Acnur.
Segundo Hamdi Ali Abdi, assistente do projeto, esta iniciativa
oferece-lhes "a possibilidade de tomarem conta de si próprias, em vez de
terem outras pessoas a fazer determinadas coisas por elas. Torna-as
mais confiantes".
Liderança e capacidade de gestão
A iniciativa promove as capacidades de liderança e de gestão,
preparando as mulheres para um futuro de independência. A agência da ONU
revela que a caminhada acaba por inspirá-las a proteger outras jovens
refugiadas, transmitindo-lhes aquilo que aprenderam.
Os membros do grupo recebem, por mês, o equivalente a US$100 e
participam também de sessões onde aprendem a gerir os seus rendimentos.
Desde que foi criado em 2009, o grupo já vendeu milhares de lenços e,
através das vendas online, chegou a inúmeras partes do mundo, incluindo
o Canadá, os Estados Unidos e a Europa.
Família
Outro aspeto positivo do trabalho da ONG é o ambiente familiar
estabelecido. Segundo o Acnur, as refugiadas sentem que têm abertura
para partilhar e falar do seu passado.
Uma das participantes, de 19 anos, explica que as colegas "são como
se fossem irmãs" e que "quando estava na República Democrática do Congo,
não tinha esperança", mas agora a jovem afirma que a sua vida mudou".
"Maisha" significa "vida", em suaíli; e "heshima" significa
"dignidade". Ponto por ponto, as refugiadas estão a construir uma vida
digna para si mesmas, no Quénia.
*Apresentação: Denise Costa./ radioonu
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