Para assistir aos espetáculos teatrais, a jovem passou a negligenciar os estudos, o que lhe rendeu uma surra pública dada por seu próprio pai. Com isso, Léa fugiu de casa e passou a viver com Abdias Nascimento, fundador do Teatro, com quem teve dois filhos e adquiriu um espírito militante contra a discriminação racial e de gênero, característica que marcou sua trajetória artística.
Em 1952, estreou como atriz na peça “Rapsódia Negra”, o primeiro de dezenas de trabalhos nos palcos. O cinema surgiu na vida de Léa quase que simultaneamente ao teatro. Em 1959, estreou na telona no aclamado “Orfeu Negro”, filme que ganhou o Oscar de melhor obra estrangeira no ano seguinte, e lhe deu a segunda colocação no Festival de Cinema de Cannes. Foi a única brasileira escolhida pelo Guilford College dos Estados Unidos como uma das dez mulheres do século XX que mais contribuíram para a luta dos direitos humanos e civis.
FCP
Nenhum comentário:
Postar um comentário