Fez mais de 30 filmes, incluindo clássicos como “Terra em transe”, de Glauber Rocha”, “Compasso de espera”, de Antunes Filho” e “Grande sertão”, de Geraldo Santos Pereira. Seu filme mais conhecido, no entanto, é um documentário de 1988 intitulado “Abolição”, com entrevistas de personalidades sobre o centenário da abolição.
O apresentador Chacrinha o chamava de “o negro mais bonito do Brasil”. Em 1969, Bulbul foi par romântico de Leila Diniz na novela “Vidas em conflito”, da TV Excelsior”. O escândalo fez com que a censura da ditadura militar vetasse a novela. Aproveitando-se da polêmica, o estilista Dener convidou Zózimo para desfilar, tornando-o o primeiro manequim de uma grande grife brasileira.
Em 1974, estreou como diretor com o curta em preto e branco “Alma no Olho”, uma reflexão da identidade negra por meio da linguagem corporal. Zózimo aproveitara os negativos que sobraram do filme de Antunes Filhos para rodar seu curta-metragem. Os integrantes da censura achavam que a obra tinha tom “subversivo” e o chamaram para depor. Perguntaram sob ordem de quem ele havia feito tão sofisticado, imaginando que chegariam a uma complexa mente comunista. “Sob ordens do amigo e poeta Vinicius de Moraes”, respondeu Zózimo. Em 2010, a convite do governo do Senegal, Zózimo fez o média- metragem “Renascimento Africano”, que mostra o país nas comemorações dos seus 50 anos de independência.
Bulbul morreu no dia 24 de janeiro de 2013, aos 75 anos, no Rio de Janeiro. Ele sofria de um câncer no intestino, diagnosticado em junho de 2012, que tinha se espalhado para o cérebro e a garganta.
Fonte: Fundação cultural palmares
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