Unesco destaca região subsaariana ao abordar necessidades para avanços na água e saneamento; continente conta com cinco cientistas para aconselhar as Nações Unidas, em reunião marcada para o final do mês.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A África Subsaariana precisa de 2,5 milhões de novos engenheiros e técnicos para alcançar as metas globais de acesso à água potável e saneamento.
A estimativa foi avançada pela diretora da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, ao destacar que a medida visa o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. O prazo da agenda global expira no próximo ano.
Liderança
Irina Bokova fez o anúncio ao dar a conhecer a realização da primeira reunião do Conselho Científico Consultivo das Nações Unidas, a decorrer em Berlim de 30 a 31 de janeiro.
O evento será dirigido pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, que formou o grupo em setembro passado. Desde então, a Unesco assume a liderança das ações.
Benefícios
Bokova disse que a nível geral, os países menos desenvolvidos contribuem para a ciência de forma marginal, e acabam por obter benefícios na mesma proporção com vista ao seu desenvolvimento.
Conforme referiu, o lugar das mulheres na ciência continua a ser demasiado baixo, uma tendência que deve ser mudada com o que chamou de "uma governação mais forte ao nível das ciências".
Inovação
O brasileiro Carlos Nobre é o único lusófono a integrar o grupo de 26 cientistas de todo o mundo. O climatólogo assume as funções de Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação.
África tem representantes da África do Sul, do Quénia, da Nigéria e da Etiópia no conselho que reúne especialistas das ciências naturais, sociais e humanas e engenharia. O objetivo é aconselhar a organização em temas sobre ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável.
Fonte: radioonu
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