DE JERUSALÉM
A contagem de votos no Egito aponta, nesta manhã, a vitória da nova Constituição com 98% de aprovação, de acordo com informações preliminares do Tribunal Eleitoral, citado pelo jornal local "Al-Ahram".
Os números correspondem a 25 regiões do país, e ainda resta somar os votos no Cairo e no norte do Sinai, o que deve reajustar os valores, já que a capital tem o maior número de eleitores. Por enquanto, o comparecimento às urnas está em 33%.
Explosão acontece perto de tribunal no Cairo, sem deixar vítimas, antes do início do referendo
Os resultados confirmam as expectativas em dois aspectos: a aprovação em margem segura e a baixa participação no pleito. Enquanto o primeiro é uma vitória do Exército e do governo interino, o segundo sugere que garantir a estabilidade no Egito será um desafio durante os próximos anos.
Com a aprovação da nova Carta, o presidente interino Adly Mansur deve convocar eleições parlamentares e presidenciais. A ordem dos pleitos não está decidida. Em todo caso, é esperado que o general Abdel-Fatah al-Sisi, visto como mentor do golpe de Estado de julho, concorra à Presidência.
Esses eventos marcam o início da transição democrática no país, na sequência da deposição do ex-presidente islamita Mohammed Mursi. A Irmandade Muçulmana, à qual ele é ligado, havia pedido o boicote no referendo.
Recentemente considerada terrorista no país, a Irmandade deve apresentar séria resistência ao governo egípcio. Durante o pleito, confrontos envolvendo seus seguidores deixaram mortos no país.
A Constituição aprovada hoje é elogiada por parte da população devido às liberdades garantidas, por exemplo, às mulheres. Mas o texto permite, também, julgamentos militares a civis e exige anuência do Exército à nomeação do ministro da Defesa. O orçamento militar fica livre de interferência civil.
Fonte: Folhauol
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