Relatório do Unicef destaca que em cada 1 mil crianças, país perde 164; Guiné-Bissau é o outro lusófono colocado nos 10 primeiros lugares da lista liderada pela Serra Leoa.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Angola é o segundo pior país no ranking de mortalidade de crianças abaixo dos cinco anos, refere um relatório publicado esta quinta-feira pelo Fundo da ONU para a Infância, Unicef.
No que é considerado um dos indicadores mais importantes do bem-estar da criança, o país africano regista 164 óbitos em cada 1 mil crianças, refere a agência. A Serra Leoa, com 182 óbitos, regista o maior número.
Fraqueza
Falando à Rádio ONU, de Luanda, o representante do Unicef em Angola, Francisco Songane, disse que o posicionamento deve-se ao conflito e a desafios na elaboração de informação.
"Há ainda uma fraqueza em termos da geração de dados estatísticos que possam ser disponibilizados em condições de serem utilizados para o uso nas avaliações globais, onde se faz a compilação de em todo o mundo."
O lusófono melhor posicionado é Portugal com 4 mortes, seguido pelo Brasil com 14 óbitos de menores de cinco anos em cada 1 mil crianças. No caso do Brasil, a redução foi de quase 80% nos últimos 20 anos.
Experiência Brasileira
Songane revela que a experiência brasileira pode impulsionar os esforços para combater a mortalidade nos outros países lusófonos.
" (O Brasil) Teve um trabalho na área social bastante forte. Um trabalho de ir ao encontro dos problemas dos mais desfavorecidos. Este ataque à pobreza na versão de expressão familiar, no que se deve fazer para que a pobreza possa ser menos expressiva a nível das famílias, foi muito importante."
Descida
O Estado Mundial da Criança de 2014 indica após Angola, nos países de língua portuguesa segue-se a Guiné-Bissau com 6 óbitos em cada 1 mil menores de cinco anos.
Moçambique está no lugar 22 da lista de menores mortos, Timor-Leste no lugar 48, São Tome e Príncipe em 53º e Cabo Verde no lugar 88.
África Subsaariana
Tanto São Tomé como Cabo Verde estão entre os países que registaram uma descida rápida dos indicadores de mortalidade.
Em todo o mundo, 18 mil crianças com menos de cinco anos morrem todos os dias.
As primeiras 25 nações com os piores indicadores são da África Subsaariana.
Em 2012, cerca de 6,6 milhões de crianças até cinco anos morreram em todo o mundo. A agência da ONU diz que grande parte dos casos fatais ocorreu por causas evitáveis, que considera uma "violação do direito fundamental das crianças à sobrevivência e ao desenvolvimento."
Fonte: radioonu
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