O poeta e dramaturgo Amiri Baraka, ativista dos direitos civis e ícone do movimento negro americano, morreu nesta quinta (9) aos 79 anos em Nova Jersey (EUA).
Baraka escreveu poemas, contos curtos, romances, ensaios, peças, críticas e óperas de jazz. Foi, especialmente nos anos 1960 e 1970, uma das vozes mais ativas do movimento pelos direitos dos negros nos EUA.
O poeta e escritor americano Amiri Baraka, em 2008 em Nova York |
Nascido como Everett LeRoi Jones, em 1934, filho de um funcionário dos correios, Baraka tornou-se um dos principais responsáveis por levar ao campo das artes o debate sobre os direitos civis nos Estados Unidos.
O FBI chegou a classificá-lo como "a pessoas que provavelmente vai emergir como o líder do movimento pan-africano nos Estados Unidos".
Baraka primeiro fez parte da caravana beat, ao lado de Allen Ginsberg e Jack Kerouac. Depois, tornou-se uma liderança do movimento artístico negro, aliado do Black Power.
O poeta defendia o ensino da cultura e história negra e a produção de trabalhos que convocassem para a revolução.
"Queremos poemas que matem", escreveu no manifesto "Black Art", publicado em 1965, ano em que ajudou a fundar o movimento.
Seu livro "Blues People: Negro Music in White America", de 1963, foi considerado o primeiro grande trabalho sobre a história da música negra feito por um afro-americano.
O controverso artista foi também acusado de ser homofóbico, antissemita e demagogo. Em 2003, perdeu o posto de poeta laureado de Nova Jersey devido a um poema sobre os ataques de 11 de setembro, no qual insinuava que os funcionários judeus do World Trade Center haviam sido avisados do ataque.
O artista foi casado duas vezes e teve sete filhos.
Fonte: folhauol
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