Em entrevista à Rádio ONU, embaixador da Boa Vontade do Unicef apontou redes sociais e rádios comunitárias como meios para divulgar campanhas; cantor pede mais empenho para minimizar efeito nas populações.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O embaixador da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância em Moçambique, Stewart Sukuma, pediu um maior aproveitamento de veículos de comunicação para minimizar o sofrimento das populações em tempos de desastres.
O músico falava à Rádio ONU, de Maputo, ao revelar os projetos para 2014, o seu segundo e último ano a exercer as funções como voluntário da agência. Há uma semana, o país ativou um alerta para a possibilidade de ciclones que resultam em chuvas.
Impacto
"Nós já sabemos em que períodos temos cheias, só estou a dar um exemplo. Devíamos estar melhor preparados e formar pessoas que trabalhassem sobre essas áreas. Tenho a certeza de que há pessoas formadas mas, ainda não nos empenhamos o suficiente para a prevenção. Devíamos minimizar o impacto que essas catástrofes têm no nosso meio. Sabemos que é difícil e que há zonas que vão ser inundadas mas podemos minimizar o sofrimento das as pessoas. Podemos evacuar antes de sofrer isso elas podem tirar as coisas."
Nas cheias registadas há quase um ano no país, Stewart manteve contacto com milhares de vítimas, na sua maioria crianças no centro de acolhimento em Chókwè, no sul. O distrito foi o mais afetado pelas cheias do rio Limpopo, que atingiram mais de 70 mil pessoas.
Centro das Crises
O cantor enumerou os veículos de comunicação com o que considera soluções, tanto para os que prestam apoio como para os que estejam no centro das crises.
"As redes sociais são um bom veículo que me têm apoiado nisso. Devia-se trabalhar muito com as rádios comunitárias para torná-las imprescindíveis e mais fortes ainda no sentido de divulgação. Porque, penso que mais do que divulgar as campanhas, devia-se neste caso divulgar os seus portadores. Quando falo de portador falo de promover o ator de teatro, o músico, o ator de cinema e o desportista."
De acordo com as autoridades moçambicanas e com as agências humanitárias, grande parte das pessoas afetadas pelas últimas inundações esteve em áreas fora do alcance da assistência pela falta de acesso.
Segundo o governo, cerca de 117 pessoas morreram e 170 mil ficaram desalojadas devido às cheias ocorridas entre janeiro e fevereiro de 2013.
Fonte: radioonu
Nenhum comentário:
Postar um comentário