Em 2012, o país registou mais de 4,4 mil casos da doença; África está entre as regiões que podem não atingir as metas contra a doença; a nível mundial, mortes devido ao sarampo baixaram 78%.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Angola é o único país de língua portuguesa onde o índice de sarampo foi um dos mais altos. Em 2012, o país registou mais de 4,4 mil casos da doença.
A informação foi dada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, ao divulgar, esta quinta-feira, os novos dados sobre casos mundiais.
Queda Histórica
Em 12 anos, o total de mortes devido ao sarampo atingiu uma queda histórica de 78%.
Falando à Rádio ONU, de Luanda, o representante da OMS em Angola, Hernâni Agudelo disse o país prepara uma campanha de vacinação contra o sarampo para agosto. Mas contou que apesar dos esforços, o problema tem sido a chegada das pessoas às unidades de saúde do país, com uma cobertura de cerca de 90% de vacinação de rotina.
“É importante que se tenha uma cobertura de 100%. O problema é que o acesso às vacinas não é sempre o ideal”, contou.
No período em análise, o total mundial foi de 122 mil óbitos. Para a OMS, a vacinação preveniu 13,8 milhões de mortes no período.
África
A OMS destaca que muita gente continua desprotegida e o sarampo ainda é uma ameaça de saúde global. África, Leste do Mediterrâneo e Europa são regiões que provavelmente não devem atingir as metas contra a doença.
Em 2012, a República Democrática do Congo foi o país que teve o maior surto da doença, com mais de 72 mil casos.
Campanhas
O número de casos de sarampo também diminuiu 77%, com mais de 226 mil pessoas com a doença em 2012. A agência da ONU afirma que os bons resultados devem-se a campanhas eficientes de imunização.
Em 145 países introduziram uma segunda dose da vacina, para garantir a imunidade e prevenir surtos. Desde 2000, foram vacinadas mais de 1 mil milhão de crianças.
Na Europa, Espanha, Grã-Bretanha, Ucrânia e Rússia estão entre as nações que tiveram surto de sarampo há dois anos. Índia e Indonésia são os países com mais casos na Ásia. Só na Índia, mais de 18,6 mil foram infetadas.
*Apresentação: Eleutério Guevane.
Fonte: radioonu
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