domingo, 2 de agosto de 2015

Corsino Fortes, morreu um dos maiores poetas de Cabo Verde

Corsino Fortes, poeta cabo-verdiano

Corsino Fortes, poeta cabo-verdiano
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"Corsino António Fortes deixa um silêncio, uma lacuna insanável no seio da nação", são as palavras que se podem ler no comunicado da Academia Cabo-verdiana de Letras, a propósito da morte do seu presidente.

O poeta cabo-verdiano Corsino Fortes faleceu,  sexta-feira 24 de julho, em São Vicente, vítima de doença prolongada. O Estado decretou dois dias de luto nacional. Corsino Fortes era considerado, em Cabo Verde, como um dos mais importantes nomes das letras e da política.

Foi poeta, diplomata, empresário, político, ministro, presidente da Assembleia Geral da Fundação Amílcar Cabral, criador da televisão experimental de Cabo Verde, presidente da Associação dos Escritores Cabo-verdianos, entre outros.
Nasceu a 14 de Fevereiro de 1933, no Mindelo, na ilha de São Vicente. 

Licenciou-se em Direito pala Universidade de Lisboa, em 1966, e foi o primeiro embaixador de Cabo Verde em Portugal após a independência, 5 de Julho de 1975.

"Pão e Fonema", foi a sua primeira obra e foi com este livro que se estabeleceu uma das vozes mais válidas da poesia cabo-verdiana.
A Academia Cabo-Verdiana das Letras, qualifica-o de "maior poeta épico de Cabo Verde" pela sua obra do género, composta pela trilogia "Pão e Fonema", "Arvore e Tambor" e "Pedras de Sol e Substância", reunida em 2001 no volume "A cabeça calva de Deus".

O óbito de Corsino Fortes ocorre a menos de dois dias do lançamento do seu último livro : "Sinos de Silêncio - Canções e Haikais". Cerimónia onde já não marcou presença.

Corsino Fortes viu o seu estado de saúde agravar-se depois do início de Junho. Altura em que venceu o Grande Prêmio Literário Vida e Obra, atribuído pela Academia Cabo-Verdiana de Letras para assinalar o 40.º aniversário da independência de Cabo Verde.

Fonte: http://www.portugues.rfi.fr/cabo-verde/20150724-corsino-fortes-um-dos-maiores-poetas-cabo-verde

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