Herman Wallace, um ex-integrante dos Panteras Negras, grupo que lutava em defesa dos negros nos EUA principalmente nas décadas de 60 e 70, foi posto em liberdade anteontem por um juiz da Louisiana (sul dos EUA).
Em estado terminal devido a um câncer de fígado, ele estava preso havia 40 anos em condição de isolamento, acusado, junto com outros dois membros do grupo, pelo assassinato de um carcereiro branco em 1972.
Wallace, que estava preso por roubo, foi condenado à prisão perpétua em 1974, assim como Albert Woodfox, que continua detido. Robert King foi solto após 29 anos.
O juiz Brian Jackson anulou a condenação de 1974 justificando que a exclusão sistemática de mulheres no júri que declarou Wallace culpado violou a 14ª Emenda, que garante igualdade a todos perante a lei.
"Está claro que o júri de Wallace não foi escolhido convenientemente (...) e que os tribunais da Louisiana, quando puderam corrigir este erro, não o fizeram", escreveu em sua decisão.
Wallace estava detido na prisão conhecida como "Angola", por ter sido erguida numa fazenda onde trabalhavam escravos angolanos.
Wallace estava detido na prisão conhecida como "Angola", por ter sido erguida numa fazenda onde trabalhavam escravos angolanos.
Herman Wallace, 72, é transportado ao hospital pouco após deixar a prisão de "Angola"
DA AFP, EM WASHINGTON/ Folhauol
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