Creio que se
o ato de ler oferece a apreensão
do mundo, o de
escrever ultrapassa os
limites de uma percepção da vida.
Escrever
pressupõe um dinamismo próprio
do sujeito da escrita, proporcionando-lhe a
sua auto-inscrição no
interior do mundo.
Na maioria
das vezes escrever dói, mas depois do
texto escrito é possível
apaziguar um pouco a
dor, um pouco...
Escrever
pode ser uma espécie de vingança, um
desafio,um modo de
ferir o silêncio imposto,
ou ainda, um
gesto de teimosa esperança.
E afirmo
sempre que a nossa escrevivência
não pode ser lida como
histórias para “ninar os da
casa grande” e sim para
incomodá-los em seus
sonos injustos.
Conceição Evaristo
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