Nesta matéria o casal formado pelo chef Olivier Anquier e a atriz Adriana Alves fala sobre as relações amorosas inter-raciais no Brasil. Confira
TEXTO: Ana Carolina Castro | FOTOS: Fabrízio Pepe | Adaptação web: David Pereira
Olivier e Adriana Alves | FOTO: Fabrízio Pepe
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Olivier Anquier e Adriana Alves se conheceram durante um almoço no Dia da Consciência Negra em 2007. Desde então, os dois não se desgrudaram. Apesar de reconhecer que o Brasil é um país racista, a atriz garantiu que nunca sofreu nenhum tipo de ofensa direta. “Eu acredito que o preconceito existe em todos os lugares e em todas as classes.
O que eu acho é que o brasileiro não está acostumado a ver casais inter-raciais, então dependendo do lugar em que a gente chega as pessoas olham de um jeito diferente. Mas nós somos sempre muito bem recebidos em todos os lugares e nunca aconteceu de alguém nos maltratar pelo fato de meu marido ser branco e eu ser negra”.
O chef e apresentador, contudo, confessa que a pro fissão e condição financeira minimizam muitas situações provocadas pelo preconceito racial. “Quando se é uma pessoa não-famosa, você acaba sendo muito menos visível. Pessoas conhecidas pelo público acabam atraindo a curiosidade, e essa curiosidade pode, sim, levar a situações desagradáveis”.
Claro que ainda há muito a progredir, mas, para Olivier, o racismo no Brasil já tem diminuído de forma considerável nas últimas décadas. “As pessoas dizem erroneamente que a sociedade está mais racista hoje. A quantidade de relações inter-raciais está maior em relação aos anos anteriores e as demonstrações de animosidade estão bem menos concretas hoje do que eram antigamente. Aliás, in finitamente menos”, refletiu. “Casar não é uma moda. Você se casa com a mulher que você ama e você a escolhe pela pessoa que ela é, seja branca, negra ou japonesa.
Claro que ainda há muito a progredir, mas, para Olivier, o racismo no Brasil já tem diminuído de forma considerável nas últimas décadas. “As pessoas dizem erroneamente que a sociedade está mais racista hoje. A quantidade de relações inter-raciais está maior em relação aos anos anteriores e as demonstrações de animosidade estão bem menos concretas hoje do que eram antigamente. Aliás, in finitamente menos”, refletiu. “Casar não é uma moda. Você se casa com a mulher que você ama e você a escolhe pela pessoa que ela é, seja branca, negra ou japonesa.
Essa estatística é bastante importante, não é pouco. Não é uma competição, não é assim que funciona. Individualmente não temos que ser guiados por uma moda - principalmente quando se trata da relação entre um homem e uma mulher”, disse o chef.
"Casar não é uma moda. Você se casa com a mulher que você ama e você a escolhe pela pessoa que ela é, seja branca, negra ou japonesa" diz Olivier | FOTO: Fabrízio Pepe
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A esposa do francês concorda e ressalta que, para ela, a estatística do IBGE é bastante signifi cativa. “O casamento não pode ser uma moda. Você não pode se casar com uma pessoa só porque ela tem olhos claros e cabelos lisos, pensando que você poderá ter filhos lindos. Você tem que acreditar naquela relação. Se vivemos em um país onde mais de 50% da população é negra e temos 30% dos casamentos como inter-raciais, é uma evolução muito grande. Eu acho que as coisas acontecem porque têm que acontecer. As pessoas se conhecem, se apaixonam e decidem apostar nessa instituição que é válida: o casamento”, a firmou Adriana.
Olivier foi casado por 15 anos com a atriz Débora Bloch. Da união, que terminou em 2006, nasceram Julia e Hugo. Ele e Adriana já pensam em ter um filho e comentaram as lições que darão ao futuro herdeiro sobre racismo. “Infeliz daquele que é preconceituoso porque tem que conviver com os negros da mesma maneira. Queremos muito ter filhos e vamos ter que viver nessa sociedade. Infelizmente o Brasil é um país racista, mas a educação que a gente vai passar para o nosso filho é de que estamos acima disso. É importante saber que o racismo está na cabeça das pessoas, mas não pode se instalar dentro de um negro. Esse pensamento vai se enraizando dentro de você e te impede de progredir”, disse Adriana. Olivier completou: “Não poderemos proteger nosso filho da sociedade, então só nos resta prepará-lo para ser uma pessoa de atitude, com orgulho, independente.
Olivier foi casado por 15 anos com a atriz Débora Bloch. Da união, que terminou em 2006, nasceram Julia e Hugo. Ele e Adriana já pensam em ter um filho e comentaram as lições que darão ao futuro herdeiro sobre racismo. “Infeliz daquele que é preconceituoso porque tem que conviver com os negros da mesma maneira. Queremos muito ter filhos e vamos ter que viver nessa sociedade. Infelizmente o Brasil é um país racista, mas a educação que a gente vai passar para o nosso filho é de que estamos acima disso. É importante saber que o racismo está na cabeça das pessoas, mas não pode se instalar dentro de um negro. Esse pensamento vai se enraizando dentro de você e te impede de progredir”, disse Adriana. Olivier completou: “Não poderemos proteger nosso filho da sociedade, então só nos resta prepará-lo para ser uma pessoa de atitude, com orgulho, independente.
Fonte: raça brasil
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