Publicada em 15:54 30/09/2014 - por: Flávio Carrança
Depois dos protestos contra ausência de autores negros na delegação de 2013, o escritor e pesquisador paulista da literatura negra brasileira é um dos cinco autores convidados pelo Ministério da Cultura. A Feira ocorrerá entre 8 e 12 de outubro.
Cuti - que já esteve em Frankfurt em 2012, mas fora da comitiva oficial - é o pseudônimo de Luiz Silva, um dos cinco autores selecionados pelos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores e pela Câmara Brasileira do Livro para participar da Feira de Livro de Frankfurt, na Alemanha, que acontece de 8 a 12 de outubro. Além de Cuti, foram escolhidos a poetisa Ana Martins Marques, o jornalista e escritor Edney Silvestre, o jornalista, cientista político e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Bernardo Kucinski, e o jornalista e romancista Eduardo Sphor.
Cuti - que já esteve em Frankfurt em 2012, mas fora da comitiva oficial - é o pseudônimo de Luiz Silva, um dos cinco autores selecionados pelos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores e pela Câmara Brasileira do Livro para participar da Feira de Livro de Frankfurt, na Alemanha, que acontece de 8 a 12 de outubro. Além de Cuti, foram escolhidos a poetisa Ana Martins Marques, o jornalista e escritor Edney Silvestre, o jornalista, cientista político e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Bernardo Kucinski, e o jornalista e romancista Eduardo Sphor.
No ano passado, em que o Brasil foi o país homenageado em Frankfurt, houve uma quase total ausência de autores negros na delegação oficial brasileira à feira alemã: entre os 70 escritores convidados, o único autor negro foi Paulo Lins, o que gerou protestos e obrigou os responsáveis a tentarem explicar e justificar essa pequena representação.“Creio que o fato de eu estar indo – diz Cuti - tem a ver com a pressão que foi feita o ano passado, não apenas aqui no Brasil mas na própria Alemanha.”
Ele observa que não há nenhum favor no fato de ter sido escolhido, lembra que o negro é mais que a metade da população do país e diz que o Brasil precisa parar com esse negócio de que os negros não podem representar o país lá fora: “Para mim – explica – vai ser mais uma oportunidade de dar um recado dessa vertente negra da literatura brasileira e também levar uma visão diferenciada da que se passa costumeiramente do Brasil para o exterior”.
Cuti esclarece que nessa ida para Frankfurt não tem procuração nem a pretensão de representar ninguém, a não ser sua própria literatura: “Mas acho que meu trabalho – diz ele – fala um pouco da nossa vida enquanto negros brasileiros. Então eu creio que talvez possa dar algum recado no sentido de mostrar como as vivências brasileiras de negros estão plasmadas na literatura.”
Nascido em Ourinhos (SP), em 1951, Cuti é formado em Letras pela Universidade de São Paulo e Mestre em Teoria da Literatura e Doutor em Literatura Brasileira pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Foi um dos fundadores e membro do Quilombhoje-Literatura, de 1983 a 1994, e um dos criadores e mantenedores da série Cadernos Negros, de 1978 a 1993. Entre suas obras, estão Poemas da carapinha, 1978; Batuque de tocaia, 1982 (poemas) e Flash crioulo sobre o sangue e o sonho, 1987 (poemas). Seu livro mais recente é Kizomba de Vento e Nuvens (poemas).
Fonte: http://www.ceert.org.br/acontece/noticia.php?id=5423
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