G1Arquivo Pessoal (Mariana de Ávila)
Inspirado na ideia da escritora britânica Joanna Walsh, que em 2014 mobilizou usuários do twitter com a hashtag #readwomen2014, o projeto "Leia Mulheres" é um clube de leitura que debate as produções femininas e o papel da mulher na literatura. Em Brasília, as reuniões mensais têm atraído cada vez mais participantes regulares e "curtidas" em redes sociais.
Apesar de serem engajadas em questões feministas, elas repararam que quase não liam livros escritos por mulheres. Foi quando tiveram a ideia de fazer do hashtag #readwomen um clube de leitura presencial e periódico.O projeto foi criado em São Paulo a partir do gosto em comum pela leitura de três amigas, a jornalista Juliana Leuenroth, a consultora de marketing Juliana Gomes e a transcritora Michelle Henriques.
“Quisemos trazer essa ideia de ler mais autoras para São Paulo, mas com um viés mais pessoal. Quisemos sair do virtual, promover discussões cara a cara”, diz Juliana Gomes. A consultora afirma que o projeto logo foi para o Rio de Janeiro e para Curitiba, onde já haviam amigos interessados em participar. “As pessoas passaram a conhecer mais o Leia depois da Festa Literária de Paraty, a Flip."
Durante a feira, o clube discutiu o livro “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, com participação de 50 pessoas. “Foi ótimo porque repercutiu bastante nas nossas redes sociais e mais pessoas ficaram interessadas”, afirma Juliana Gomes. O projeto está presente em diversas cidades, como São Luís, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte, e chegou a Brasília em setembro do ano passado.
Durante a feira, o clube discutiu o livro “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, com participação de 50 pessoas. “Foi ótimo porque repercutiu bastante nas nossas redes sociais e mais pessoas ficaram interessadas”, afirma Juliana Gomes. O projeto está presente em diversas cidades, como São Luís, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte, e chegou a Brasília em setembro do ano passado.
A responsável pela vinda do programa para a capital foi a jornalista Mariana de Ávila. “Primeiramente, eu vi no twitter algo sobre o grupo e comecei a pesquisar. Achei a página do Facebook do Leia Mulheres de São Paulo e entrei em contato com as organizadoras”, diz.
Mariana afirma que teve ajuda do grupo de São Paulo nos primeiros encontros, mas que o clube do DF tem identidade própria. “Escolhemos os livros independentemente das outras cidades, por meio de votação ao final das reuniões.”
Segundo a jornalista, o número de participantes cresce a cada edição. “Quando discutimos ‘As meninas’, livro da brasileira Lygia Fagundes Telles, cerca de 20 pessoas compareceram. Dá para perceber que as pessoas estão se interessando mais.”
Entre os livros já discutidos na capital estão “Cinderela Chinesa”, de Adeline Yen Mah, “Hibisco Roxo”, de Chimamanda Ngozi Adichie, “O sol é para todos”, de Harper Lee, “A Redoma de vidro”, de Sylvia Plath, “As meninas”, de Lygia Fagundes Telles e "Precisamos falar sobre o Kevin", de Lionel Shriver.
Mariana afirma que teve ajuda do grupo de São Paulo nos primeiros encontros, mas que o clube do DF tem identidade própria. “Escolhemos os livros independentemente das outras cidades, por meio de votação ao final das reuniões.”
Segundo a jornalista, o número de participantes cresce a cada edição. “Quando discutimos ‘As meninas’, livro da brasileira Lygia Fagundes Telles, cerca de 20 pessoas compareceram. Dá para perceber que as pessoas estão se interessando mais.”
Entre os livros já discutidos na capital estão “Cinderela Chinesa”, de Adeline Yen Mah, “Hibisco Roxo”, de Chimamanda Ngozi Adichie, “O sol é para todos”, de Harper Lee, “A Redoma de vidro”, de Sylvia Plath, “As meninas”, de Lygia Fagundes Telles e "Precisamos falar sobre o Kevin", de Lionel Shriver.
“O livro de que mais gostei foi ‘O sol é para todos’, da Harper Lee. Ele é maravilhoso, nos traz uma lição de bondade, respeito e tolerância”, diz Fernanda Calvet, uma das participantes mais assíduas dos encontros.
Ela afirma que o projeto é uma oportunidade de conhecer pessoas que se interessam pelos mesmos assuntos. “Muitas vezes é difícil achar gente que gosta de conversar sobre livros. Eu tinha essa dificuldade, lia obras incríveis e não tinha com quem conversar sobre, trocar ideias.”
Ela afirma que o projeto é uma oportunidade de conhecer pessoas que se interessam pelos mesmos assuntos. “Muitas vezes é difícil achar gente que gosta de conversar sobre livros. Eu tinha essa dificuldade, lia obras incríveis e não tinha com quem conversar sobre, trocar ideias.”
Homens no clube
As mulheres são a maioria dentro do projeto, mas também há homens que participam dos debates. “O grupo é aberto para todos, homens são muito bem-vindos. Inclusive, há sempre participantes do sexo masculino nos nossos encontros”, afirma Mariana.
Wendel Lopes é um deles. Ele diz que o Leia Mulheres é um ótimo espaço para falar sobre o protagonismo feminino. “O grupo proporciona reflexão sobre a mulher na literatura nacional e internacional. Há excelentes autoras que são esquecidas pelo público, mas que são promovidas nessas reuniões.”
O clube se reúne toda segunda quinta-feira do mês, às 20 h, na Livraria Cultura do Casa Park. O livro escolhido para março é "Orgulho e preconceito", de Jane Austen.
As mulheres são a maioria dentro do projeto, mas também há homens que participam dos debates. “O grupo é aberto para todos, homens são muito bem-vindos. Inclusive, há sempre participantes do sexo masculino nos nossos encontros”, afirma Mariana.
Wendel Lopes é um deles. Ele diz que o Leia Mulheres é um ótimo espaço para falar sobre o protagonismo feminino. “O grupo proporciona reflexão sobre a mulher na literatura nacional e internacional. Há excelentes autoras que são esquecidas pelo público, mas que são promovidas nessas reuniões.”
O clube se reúne toda segunda quinta-feira do mês, às 20 h, na Livraria Cultura do Casa Park. O livro escolhido para março é "Orgulho e preconceito", de Jane Austen.
Fonte: G1 DF
Nenhum comentário:
Postar um comentário