O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, desejou hoje que as eleições gerais marcadas para o próximo dia 23 de Agosto em Angola sejam uma festa para o povo angolano, para que possam sair todos "mais irmãos do que nunca".
"É isso que nós gostaríamos de ver, mas como se trata de eleições e é África, vamos observar com toda a atenção, para então dizermos o que estamos a prever agora com maior acuidade e certeza. Então vamos observar com atenção, com toda a imparcialidade", disse Chissano aos jornalistas, em Luanda, no final da audiência com o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André da Silva Neto.
Considerando-se suspeito por ser moçambicano e "amigo de Angola", Joaquim Chissano disse que desde a sua chegada ao país tem ouvido "boas coisas do processo eleitoral".
"Os preparativos estão no bom caminho, a campanha eleitoral aconteceu a contento, sem distúrbios de maior e vi que também os órgãos eleitorais estão bem organizados", observou o antigo presidente de Moçambique.
Presente a convite do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, para a observação do acto eleitoral, Joaquim Chissano disse ter ficado "maravilhado" com os meios tecnológicos disponíveis nestas eleições.
"Nada vai depender da mão dos homens, porque a tecnologia está a funcionar, aparentemente, por aquilo que eu vi muito bem, mas também o presidente da CNE confirmou-me que não teve nenhum sobressalto quanto a esse ponto", salientou.
Sobre a decisão de José Eduardo dos Santos de não concorrer a estas eleições, Joaquim Chissano felicitou o Presidente angolano, também por uma transição que lhe parece "pacífica e com o apoio de todo o povo angolano".
"E pelo que vejo em Angola, posso dizer que merece esses louvores. Porque transformou um país arruinado pela guerra para um país que vai para a prosperidade. Introduzindo a tempo, as reformas necessárias, por exemplo a diversificação da economia e há muita coisa que se vê a olho nu", realçou.
"O Presidente José Eduardo dos Santos tomou a decisão que tomou, porque achou que chegou o momento correcto, o momento favorável para todo o angolano, para ele se retirar da vida política. E fiz o mesmo, também o fiz quando estava convicto que tinha chegado o momento em que podia faze-lo", ajuntou.
Angola realiza na quarta-feira as suas quartas eleições, as primeiras em que não é candidato José Eduardo dos Santos, líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, desde 1975, ano da independência do país.
fonte: SAPO on line notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário