São longas noites
Que passo aos sonos moribundos
Me desespero no açoite
Daqueles que têm fundos
Passo! Versos de amor
Escrevendo
E versos de dor
No papel pintando
Utopias metafísicas
Acompanham as veias poéticas
Que me levam a não dar ouvidos
As críticas Platónicas
Muikhwiris(1) rondando a minha palhota
Voando na peneira para qualquer frota
Prostitutas sem medo circundam
O matador (2) e de carro em caro saltitam
É tempo de fazer dinheiro
Que é o bem supremo
Pelo mundo inteiro
Outros roubam, outros agridem
E sobre o corpo de outrem, outros se estendem
E eu, rico de tanta pobreza
Confesso os pecados que cometi durante o dia
Com coragem e frieza
Escrevo esta poesia
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(1) Feticeirio em Emakhuwa, língua de nampula
(2) Nome do meu bairro
Fonte: http://revistaliteratas.blogspot.com.br/
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