Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Uganda acolhe mais de meio milhão de refugiados e candidatos a asilo, considerado um recorde da história do país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, disse que a maioria é composta por cidadãos Sudão do Sul, do Burundi e da República Democrática do Congo que fogem da violência e de abusos dos direitos humanos.
Políticas Progressistas
A marca de 511 mil pessoas abrigadas no país foi atingida no início de dezembro. Com o número, o Uganda torna-se a terceira maior nação de acolhimento de África depois da Etiópia, com 736 mil, e do Quénia com 594 mil.
O Acnur reconhece o Uganda pelas “políticas progressistas e a visão de futuro” em relação aos refugiados e aos candidatos a asilo.
No país, os recém-chegados têm direito a pequenas áreas de terra em aldeias de integração na comunidade de acolhimento local, após receberem o estatuto de refugiado.
Dependência
A agência diz tratar-se de uma abordagem pioneira do Uganda, a qual reforça a coesão social e permite a convivência pacífica dos refugiados com as comunidades de acolhimento.
Os estrangeiros beneficiam dos mesmos serviços que os nacionais e têm o direito de trabalhar e de criar empresas. O Uganda dá liberdade de movimento aos refugiados, que recebem terras para reduzir a dependência de auxílio.
O governo ugandês também incluiu a gestão dos refugiados e da sua proteção no Plano Nacional de Desenvolvimento.
Parceiros
A representante do Acnur no Uganda, Neimah Warsame, elogiou o país pelo que chamou de “generosidade excecional e hospitalidade” tendo apelado ao trabalho conjunto dos parceiros envolvidos na resposta aos refugiados.
O objetivo é que seja criada uma forma inovadora para proteger refugiados que ultrapasse a assistência de emergência e permita o desenvolvimento a longo prazo.
A crise no Burundi elevou para 17 mil o número de cidadãos deste país que chegaram este ano ao Uganda.
Fonte: radioonu
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